O consumo de calçados esportivos - aqueles concebidos para atividade física, com atributos específicos e itens de performance - segue em franca expansão no mundo. Em 2021, o segmento teve faturamento de US$ 70 bilhões - valor de venda das marcas para seus clientes (distribuidores e varejistas). No Brasil, segundo estimativa da Associação pela Indústria e Comércio Esportivo (Ápice), este valor chega aos R$ 6 bilhões (US$ 1,2 bilhão), ou seja, o País responde por 1,27% do consumo de calçados esportivos no mercado global.
"O resultado está aquém do potencial brasileiro. Este aumento é superior ao crescimento da atividade econômica, do PIB, e até do consumo de outros tipos de calçados em geral ou mesmo de vestuário e acessórios", afirma o diretor-executivo da Ápice, Renato Jardim. Ele acrescenta que o crescimento do consumo dos esportivos no País está ligado ao aumento das práticas esportivas e à busca por produtos confortáveis. "Aumento permeando aos diversos extratos da sociedade, sejam eles de idade, gênero, tipo de atividade, mas também aos hábitos das pessoas, que buscam produtos confortáveis, práticos e duráveis, e que podem ser utilizados em diferentes ocasiões do dia", completa.
A sustentabilidade e o design, na avaliação do designer calçadista, Vinícius Dapper, contribuíram para tornar os calçados esportivos "objetos de desejo". Ele observa as oportunidades para o segmento no País. "Precisamos extrair o máximo da nossa cadeia produtiva, que é referência para o mercado mundial, a partir da conexão com esse consumidor, investindo em informação, análise de dados e comunicação para que a indústria tenha a base necessária para entregar o que há de melhor."
“Mantendo crescimento consistente há oito trimestres consecutivos, registrando assim o melhor trimestre de uma série histórica, ratificando o sucesso da execução da estratégia focada no mercado de artigos esportivos”, destaca o diretor administrativo, financeiro e de relações com investidores da Vulcabras, Wagner Dantas.
Atualmente, os calçados esportivos representam 81% do negócio da Vulcabras, seguido por confecções e acessórios (10,7%) e outros calçados (8,3%).