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VÍDEO: Presidente da Beira Rio se manifesta sobre isenção de taxa de importações

VÍDEO: Presidente da Beira Rio se manifesta sobre isenção de taxa de importações

O presidente da Calçados Beira Rio S.A. (Novo Hamburgo/RS), Roberto Argenta, divulgou nesta quarta-feira, 2, uma carta sobre a isenção de tributos federais no Brasil para importações com valor até US$ 50.

No documento, intitulado “Vamos preservar os empregos no Brasil” e enviado ao Exclusivo, o empresário cita levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV) que estima que a entrada em vigor da medida na terça-feira, 1º, poderá causar ao longo dos próximos meses 2,5 milhões de demissões na indústria e no varejo do País.

Argenta e as entidades defendem a retomada da taxação para garantir isonomia entre os produtos importados com os nacionais. Além disso, alertam para o risco de a isenção estimular a entrada de itens falsificados no País.

O empresário também enviou um vídeo comentando sobre o tema. Assista!


REUNIÃO
Nesta sexta-feira, 04, o tema será pauta de uma reunião entre entidades do setor calçadista e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), na Fiergs, em Porto Alegre/RS. Um documento, solicitando a revogação da portaria, será entregue às 14 horas ao titular do MDIC e vice-presidente, Geraldo Alckmin.

LEVANTAMENTO
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) também reportou preocupação com a portaria governamental (Portaria MF nº 612/2023) que isenta de pagamento de impostos as remessas enviadas para pessoas físicas no valor de até US$ 50. Conforme levantamento realizado pela Inteligência de Mercado da entidade, a medida coloca em risco imediato mais de 30 mil postos de trabalho na indústria calçadista nacional.

O estudo realizado pela Abicalçados levou em consideração os impactos provocados somente pelas duas maiores plataformas de e-commerce internacionais atuantes no País. Ambas faturaram, somente em vendas de calçados no Brasil, cerca de R$ 2 bilhões em 2022. O montante corresponde a quase 20% do valor total do varejo on-line de calçados no Brasil.

Conforme o levantamento, estima-se que a cada R$ 1 bilhão que a indústria calçadista nacional deixa de produzir – pela comercialização sem a devida isonomia tributária a qual as plataformas de comércio eletrônico deveriam estar submetidas –, o setor deixa de gerar 16,5 mil postos de trabalho de forma direta e indireta.

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