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Mesmo com encerramento da recuperação judicial, Paquetá fecha fábrica e demite 140 pessoas

Mesmo com encerramento da recuperação judicial, Paquetá fecha fábrica e demite 140 pessoas

Na semana em que a Paquetá The Shoe Company (Sapiranga/RS) completou um mês do encerramento da sua recuperação judicial, a fabricante calçadista fechou uma planta produtiva no Nordeste. A empresa, que acumula uma dívida da ordem de R$ 428 milhões e tem 12 mil credores, encerrou, nesta quinta-feira (14), as atividades na unidade produtiva de Irauçuba, no norte do Ceará, desligando quase 140 trabalhadores. A informação foi confirmada pela prefeita da cidade cearense, Patrícia Barreto (PDT).

“O fechamento de uma fábrica, gera um impacto enormemente negativo na vida de muitas pessoas e da comunidade como um todo. Atinge a economia local fortemente”, postou a prefeita em uma rede social.

Em junho, o governo do Ceará anunciou um crédito de R$ 23 milhões para que a empresa mantivesse, por um período mínimo de 31 meses, a operação de seis fábricas no estado, que juntas geravam 3 mil postos de trabalho.

“Negociação para suprir o vácuo da empresa”

Diante da crise que a Paquetá enfrenta, a prefeita de Irauçuba disse que o governo do Ceará “já vinha em negociação com outras empresas para suprir o vácuo que por ventura viesse a ser deixado pela empresa”.

“E nós também da administração Local, articulando-nos nesse sentido. Com a confirmação, agiremos no sentido de agilizar negociações para com brevidade termos o galpão, antes ocupado pela Paquetá, repassado a outra empresa que venha a produzir em Irauçuba”, acrescenta a prefeita.

Mais fechamentos e demissões

Conforme o Diário do Nordeste, a empresa teria fechado, neste semana, além da fábrica em Irauçuba, unidades produtivas em outras quatro cidades cearenses (Itapajé, Uruburetama, Pentecoste e Apuiarés). Somente na planta industrial de Apuiarés teriam sido 1,2 mil demissões.

O Exclusivo entrou em contato com a Paquetá e até a publicação deste conteúdo ainda não havia recebido retorno da empresa. Caso haja manifestação da calçadista, a matéria será atualizada. 

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