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Fluxo de comércio do RS é afetado pelas enchentes

Aeroporto Salgado Filho ainda guarda marcas da enchente

Fluxo de comércio do RS é afetado pelas enchentes

Os principais pontos de escoamento das exportações gaúchas e de recebimento de mercadorias – pelas vias marítima, rodoviária e aérea – sofrem com as enchentes de maio. Embora o principal deles, o Porto de Rio Grande esteja a pleno funcionamento, rodovias que permitem o transporte da carga até ele, estão danificadas.

“Muitas das passagens utilizadas para escoar a produção para o mercado externo e importar mercadorias foram comprometidas. Essas vias são de suma importância para permitir um fluxo adequado de comércio e não prejudicar a competitividade da indústria gaúcha”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry.

De acordo com um levantamento realizado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS, de uma maneira geral, as principais formas utilizadas pela economia gaúcha para escoar mercadorias para o exterior são as vias marítima e rodoviária. No entanto, para certos produtos com alto valor agregado e baixo volume, a via aérea seja a mais escolhida. Esse fato ocorre porque alguns dos maiores parceiros comerciais do Rio Grande do Sul estão a uma grande distância, especialmente no continente asiático e na América do Norte, e outros fazem fronteira direta com o Estado.

Em 2023, por exemplo, a maior parte das exportações embarcadas pelo RS ocorreram pela via marítima (US$ 18,8 bilhões, ou 84,2% do total). Em segundo lugar ficaram as rodovias (US$ 2,7 bilhões ou 12,3%) e, em terceiro, a via aérea (US$ 746,5 milhões ou 3,3%). Para o acumulado de janeiro a abril de 2024, o ranqueamento se manteve em marítima (US$ 4,8 bilhões ou 82,7%), rodoviária (US$ 798,9 milhões ou 13,8%) e aérea (US$ 201 milhões ou 3,5%).

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Aeroporto Salgado Filho ainda guarda marcas da enchente
Fraport/Divulgação Aeroporto Salgado Filho ainda guarda marcas da enchente

Trajetos após enchentes

O trajeto mais utilizado até o Porto de Rio Grande passa pela BR-471. Após as chuvas de maio, a rodovia está com fluxo praticamente ininterrupto. A exceção é um bloqueio parcial na altura do município de Rio Pardo, mas que permite a passagem de caminhões de até 45 toneladas. Ao mesmo tempo, a viagem até os portos de Itajaí e São Francisco do Sul está mais dificultada. A RSC-287 tem bloqueios parciais, assim como a passagem pela região metropolitana de Porto Alegre. Isso impede o acesso até a BR-101, que leva até os portos catarinenses.

Fluxo comercial

Em relação ao fluxo comercial que ocorreu por meio de aeroportos, de janeiro a dezembro de 2023, o Rio Grande do Sul exportou por essa via 3,3% do total embarcado (US$ 746,5 milhões) e importou US$ 634 milhões (US$ 4,6% do total). O Aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, nesse mesmo período, foi responsável por exportar US$ 50,1 milhões, 6,7% de tudo que foi embarcado por via aérea, e importar US$ 91,7 milhões, 14,5% das compras que chegaram por meio de aeroportos.

Já no acumulado de janeiro a abril de 2024, o Salgado Filho movimentou US$ 101,6 milhões em produtos. Destes, US$ 15,4 milhões foram em exportações e US$ 86,2 milhões, em importações. Embora o Salgado Filho apresente pouco peso para o total exportado pelo RS, o aeroporto exerce influência relevante para as importações de alguns segmentos específicos. Em especial, aqueles relacionados a produtos utilizados em hospitais e no tratamento veterinário.

Destacam-se, ainda, os aeroportos brasileiros de Guarulhos e Vira Copos (ambos em São Paulo) e o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

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