No Brasil, 6% do varejo faz vendas on-line

10.08.2021 - Michel Pozzebon / Jornal Exclusivo

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E-commerces correspondem a 1,5 milhão de sites no Brasil
Os e-commerces já representam 9,4% da Internet brasileira, com 1,5 milhão de sites. Enquanto isso, 372 mil lojas estão em marketplaces e outras 611 mil integram aplicativos de "every day spending", como o iFood e o Rappi (neste caso, a maioria é do setor de alimentação e delivery). Logicamente, a taxa de crescimento do comércio eletrônico foi bastante influenciada pelo comportamento do consumidor diante do isolamento social. Contudo, ainda há espaço para crescimento, já que 6% dos varejistas brasileiros contam com um site de e-commerce. A informação é da pesquisa anual Perfil do E-commerce Brasileiro 2021, divulgada no dia 5 de agosto pelo PayPal e BigDataCorp.

A mudança do comportamento do consumidor também puxou o crescimento do número de visitas mensais de sites de médios e grandes varejistas. Por exemplo, a proporção de sites médios (com até 500 mil visitantes por mês) subiu para 9,9%, enquanto os grandes (mais de 500 mil visitas) passou para 6,6%. Como as lojas físicas tiveram de ser fechadas, os consumidores se voltaram aos sites dos principais varejistas do País.

"Pode-se dizer ainda que a presença on-line do consumidor fez algumas lojas deixarem de ser consideradas pequenas quando olhamos o número de acessos. O volume de lojas consideradas de médio porte, que recebe entre 10 mil e 500 mil visitantes por mês, teve um crescimento importante de participação, de 2,5% em 2020 para 9,92% do total em 2021", afirma o head de vendas do PayPal Brasil, Felipe Facchini.

A imensa maioria dos sites, no entanto, são os que tem menos de 10 mil visitas por mês, o que mostra que o consumo on-line ainda é mais nichado. Por isso, 75% dos e-commerces fatura até R$ 1 milhão por ano.

Pequenos empreendedores

A presença do pequeno empreendedor no comércio on-line segue forte em 2021. Indicação disso é que 55% do total de e-commerces não tem sequer um único funcionário, ou seja, o dono faz tudo sozinho. "Nesse contexto, o amplo uso de plataformas prontas para montagem de e-commerce, que supera 80% dos casos, contribui para ampliar e democratizar o acesso a tecnologias e ajuda os microempresários a viabilizarem sua presença on-line", aponta o CEO e fundador da BigDataCorp, Thoran Rodrigues.

Internalização

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Christian Seidl
Em 2021, a Grendene, de Farroupiha, uma das principais fabricantes de calçados do País, concluiu a migração do e-commerce de todas as suas marcas para plataformas proprietárias. No total, são sete sites no Brasil, um nos Estados Unidos e dois outros voltados a varejistas. O próximo projeto internacional da companhia será o de um site da Melissa para o mercado europeu.

"Com a pandemia e com a mudança no comportamento de compras do consumidor, aceleramos ao máximo a nossa estratégia de transformação digital iniciada em 2019, ampliamos a nossa equipe dedicada, que hoje conta com mais de 80 pessoas, e também seguimos investindo na internacionalização das marcas Grendene", analisa o gerente da divisão de Digital Commerce da Grendene, Christian Seidl.

A companhia também segue investindo no processo contínuo de omnichannel de Melissa. Hoje, no Brasil, já são mais de 150 lojas conectadas e a previsão é que, até setembro, todas as 350 franquias estejam integradas. "Dessa forma, a experiência de compra do consumidor ficará ainda mais completa uma vez que ele poderá escolher, por meio de apenas um clique, um modelo de calçado que esteja disponível em qualquer loja da marca no Brasil e ainda optar pela entrega ou retirada", completa Seidl.

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