Governo anuncia pacote de R$ 200 bilhões para trabalhadores e empresas

01.04.2020 -

O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 1º de abril, um pacote de R$ 200 bilhões para socorrer empresas e trabalhadores afetados pela pandemia do novo coronavírus, ajudando também aos estados e municípios no enfrentamento da doença. Em pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília/DF, o presidente Jair Bolsonaro explicou que, até quinta-feira, 2 de abril, deve sancionar o projeto de lei aprovado pelo Congresso, que disponibiliza o auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais, autônomos e pessoas sem renda fixa, e também assinará três medidas provisórias beneficiando as empresas.

Durante o anúncio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, detalhou que o plano de auxílio à população custará R$ 98 bilhões, e deve beneficiar 54 milhões de brasileiros. “De forma que eles tenham recursos nos próximos três meses para enfrentar a primeira onda de impacto, que é a onda da saúde. Há uma outra onda vindo de desarticulação econômica que nos ameaça,” explica.

Para os estados e municípios, o governo federal irá transferir R$ 16 bilhões. A verba será encaminhada aos fundos de participação. Guedes justificou o benefício para ajudar aos governos com seus sistemas de saúde e segurança.

Medidas para as empresas
O ministro também confirmou medidas que ajudarão às empresas para a manutenção de empregos. O governo investirá R$ 51 bilhões para a complementação salarial, em caso de redução de salário e da jornada de funcionários, e outros R$ 40 bilhões para crédito de financiamento da folha de pagamento (os quais, desta quantia, R$ 34 bilhões virão do Tesouro e R$ 6 bilhões dos bancos privados). “Então a empresa que resolver manter os empregos, nós não só complementamos o salário como damos crédito para o pagamento. A empresa está sem capital de giro e reduziu, por exemplo, 30% a jornada e o salário, e nós pagamos 30% do salário. E ela está sem dinheiro para pagar os outros 70% que se comprometeu a manter, nós damos o crédito,” explica Guedes. Ainda, segundo Paulo Guedes, as medidas aplicadas pelo governo custarão ao Tesouro 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos pelo Brasil.

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