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Retomando gradualmente a participação em feiras presenciais, os calçadistas brasileiros comemoram a expectativa de comercialização de mais de 35 mil pares de calçados – entre negócios realizados in loco e alinhavados – na mostra norte-americana Atlanta Shoe Market, ocorrida entre 20 e 22 de fevereiro, em Atlanta, no estado americano da Geórgia. O evento gerou US$ 1,1 milhão para as cinco marcas nacionais (Bottero, Verofatto, Pegada, Hanna Carmela, Shoetherapy e Petite Jolie) participantes da mostra.
Juan Carlos De Haro, representante de algumas das marcas brasileiras expositoras, ressalta que a mostra foi positiva, especialmente levando em consideração a situação de o país ainda estar passando pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus. “Embora a visitação tenha sido menor do que em anos anteriores, a Atlanta Shoe Market mostrou que segue relevante e atraindo os principais compradores dos Estados Unidos”, comenta.
A analista de promoção comercial da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Ruisa Scheffel, ressalta que a participação foi positiva, apesar da visitação menor de compradores em função da pandemia do novo coronavírus. "A feira gerou diversos contatos relevantes com compradores, especialmente dos Estados Unidos, e mostrou a força do calçado brasileiro naquele mercado”, avalia Ruisa.
A participação das marcas brasileiras na Atlanta Shoe Market foi apoiada pelo Brazilian Footwear, programa de fomento às exportações de calçados mantido pela Abicalçados em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Histórico principal mercado para o calçado brasileiro no exterior, em 2020 os Estados Unidos importaram 9,3 milhões de pares, que geraram US$ 137,8 milhões, quedas de 22,1% e 30,8%, respectivamente, ante 2019, um efeito direto da pandemia da Covid-19 naquele mercado. Para o ano corrente, em que a expectativa de crescimento das exportações de calçados está em 14,9%, existe também a possibilidade de um incremento importante nos Estados Unidos, especialmente a partir da retomada das mostras presenciais naquele país.
