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Tênis Veja identifica 10 mil sites e perfis vendendo falsificações

Tênis modelo Rio Branco da Veja

Tênis Veja identifica 10 mil sites e perfis vendendo falsificações

A marca franco-brasileira de tênis Veja – anteriormente denominada Vert no mercado nacional –, identificou, no começo deste ano, dez mil perfis, entre sites e anúncios na Internet, comercializando falsificações de seus produtos. Em abril, uma falsa queima de estoque foi anunciada. No ano passado, em nível global, a empresa combateu e retirou do ar 3,5 mil sites falsos.

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Em entrevista ao Exclusivo, o diretor comercial da Veja no Brasil, Leandro Miguel, aponta que ainda existe muita dificuldade das autoridades para inibir este tipo de fraude. “E as punições são muito brandas, o que não favorece quem quer produzir e trabalhar de forma correta e honesta”, frisa.

Leandro Miguel, diretor comercial da Veja no Brasil
Divulgação/Veja Leandro Miguel, diretor comercial da Veja no Brasil

Decisões favoráveis na Justiça brasileira

Em julho, um grupo de empresas de São Paulo foi proibido pela Justiça de vender calçados que “imitavam” tênis da Veja. A liminar acabou sendo concedida pelo juiz de Direito Eduardo Palma Pellegrinelli, da 2ª vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem de São Paulo. Constatou-se a violação dos direitos de propriedade industrial no uso da marca franco-brasileira. Além disso, neste mês, o mesmo grupo de empresas acabou condenado a indenizar a Veja em R$ 20 mil por danos morais, após o uso sem autorização da marca “V” em produtos.

“Uma decisão deste tipo, e principalmente a divulgação deste resultado favorável, ajuda a inibir a atuação de novos fraudadores e passa um recado para o mercado”, comenta Miguel.

Tênis modelo Rio Branco da Veja
Divulgação/Veja Tênis modelo Rio Branco da Veja

A Veja ajuizou ação contra três empresas, alegando o uso indevido de sua marca registrada “Vert”. De acordo com a companhia franco-brasileira, as empresas estavam utilizando suas marcas sem autorização em sites e redes sociais para comercializar produtos semelhantes, configurando concorrência desleal.

Sobre as decisões favoráveis na Justiça brasileira, o diretor comercial da Veja no Brasil considera que “ainda é muito pouco”. “O problema é que não atacam o revendedor do produto falso. O fabricante produz o falso porque existe o revendedor que compra e revende, além do consumidor que consome também produtos falsos. É uma cadeia”, sustenta.

Ações de combate às falsificações de calçados

Para inibir a falsificação de seus produtos no Brasil e no exterior, a Veja conta com um parceiro global. Tudo isso a partir de um contrato com a matriz da marca de calçados na França. Esta empresa atua digitalmente contra sites, redes sociais e anúncios falsos. Além disso, para reforçar este trabalho no País, a companhia franco-brasileira contratou uma outra empresa especializada. Do mesmo modo, ela atua em duas frentes: uma plataforma digital de denúncias e atuação tecnológica, e um braço jurídico.

No terceiro mês de atuação colaborativa entre a Veja juntamente com seus parceiros global e local, cinco mil infrações, com vendas de produtos falsificados da marca, acabaram removidas da Internet. De acordo com a empresa, dos quase dez mil perfis falsos identificados neste ano, 3% são sites falsos que usam o nome Veja, 63% de anúncios falsos em marketplaces “muito conhecidos pelos consumidores” e 34% de perfis falsos em redes sociais.

“Triste ver que nomes importantes do mercado permitem a entrada de fraudadores para comercializar a partir dos seus canais, confundindo os consumidores que acreditam estar em uma plataforma segura”, completa Miguel.

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