Roberto Argenta divulga carta sobre catástrofe climática no RS
O presidente da Calçados Beira Rio S.A. (Novo Hamburgo/RS), Roberto Argenta, divulgou, nos últimos dias, uma carta sobre a catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul, onde a calçadista que ele dirige tem instaladas suas 11 fábricas. No manifesto, o empresário, conhecido pela sua visão humanista, expressa solidariedade e comenta que os esforços estão concentrados em auxiliar as pessoas afetadas pelas enchentes.
“Neste momento desafiador, marcado pela solidariedade e pela resiliência de todos, reforçamos que o bem-estar das comunidades onde estamos inseridos, lar de 10 mil colaboradores e suas famílias, é a maior prioridade”, escreve Argenta.
Ao mesmo tempo, o empresário salienta que “apesar do cenário desafiador, gostaríamos de informar todo nosso empenho e dedicação para que nossos clientes não sejam afetados. Estamos trabalhando e tudo será normalizado em breve”.
Na carta, Argenta também agradece o apoio que a empresa tem recebido. “Agradecemos imensamente a compreensão de todos neste período difícil, ao mesmo tempo em que expressamos profunda gratidão pelo apoio que temos recebido de todas as partes do Brasil e do mundo. Juntos e fortes, vamos superar as adversidades contribuindo intensamente para recuperar a dignidade, a esperança e pujança de nossa terra”.
Fábricas atingidas pela catástrofe
A filial 12 da Calçados Beira Rio, em Roca Sales/RS, no Vale do Taquari, sofreu a terceira enchente em oito meses. No ano passado, a unidade fabril acabou sendo atingida nos meses de setembro e novembro. O prejuízo na época chegou na casa dos R$ 40 milhões. Desta vez, a perda deve ultrapassar os R$ 100 milhões. Ainda não há previsão de retomada das operações.
Ao mesmo tempo, a filial 1 da calçadista, em Igrejinha/RS, no Vale do Paranhana, também acabou sendo atingida pela catástrofe climática. As atividades retornaram no dia 7.
Além disso, a catástrofe climática atingiu empresas do ecossistema de prestadores de serviços da Beira Rio, bem como fornecedores de insumos da companhia. Uma prestadora de serviços em Sinimbu/RS e vários ateliês de serviços de costura foram impactados nos vales do Taquari, Pardo, Sinos e Paranhana.
Vinte empresas fornecedoras de insumos para a produção de calçados da Beira Rio também acabaram atingidas, principalmente nos vales do Paranhana e Sinos.
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“Continuidade dos negócios e bem-estar das pessoas”
Em comunicado enviado ao Exclusivo, nesta semana, a Calçados Beira Rio informa que, neste momento, segue concentrando seus esforços nas ações exigidas pela situação atual. “Reafirmamos compromisso com a continuidade dos negócios. Mas, mais importante, com o bem-estar das pessoas que nos cercam: colaboradores, parceiros e as cidades de que fazemos parte”.
Do mesmo modo, a Calçados Beira Rio ressalta “que o momento exige ações concretas, guiadas pelo pragmatismo e pela sensibilidade. Por isso, estamos dedicados a perseverar na restauração não apenas de nossas operações, mas principalmente no apoio à recuperação socioeconômica dos municípios afetados”.
A empresa destaca que busca “assegurar a preservação dos empregos, gerar renda e contribuir significativamente para a economia local por meio da arrecadação de impostos”. Além disso, informa que trabalha para garantir que os produtos das oito marcas próprias, “orgulhosamente produzidos no Rio Grande do Sul”, possam continuar sendo distribuídos em lojas no Brasil e em outros 100 países.
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