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Redução dos juros e da inflação contribuem na recuperação da confiança da indústria gaúcha

Segundo a Fiergs, no âmbito regional, "pesou" no resultado a amenização dos fenômenos climáticos e a retirada do projeto de elevação do ICMS

Publicado em: 31/01/2024 11:29
Última atualização: 10/06/2024 11:31

A redução dos juros e da inflação tem contribuído para a recuperação da confiança da indústria do Rio Grande do Sul no começo de 2024. É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) divulgado, nesta semana, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). O indicador apresenta crescimento de 2,9 pontos na virada do ano, passou de 48,1, em dezembro de 2023, para 51 pontos, em janeiro. Superou, pela primeira vez desde outubro de 2022, a linha indicadora da presença de confiança (o que ocorre quando o resultado fica acima dos 50 pontos). Também foi a maior alta desde setembro de 2022.

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“Esse aumento do otimismo se dá basicamente pela percepção dos empresários de melhora relativa na economia brasileira, principalmente com a redução dos juros e da inflação. No âmbito regional, pesou a amenização dos fenômenos climáticos e a retirada do projeto de elevação do ICMS”, observa o presidente da Fiergs, Gilberto Petry. Ele reforça, contudo, que a política fiscal "mantém as incertezas em níveis elevados", juntamente com as indefinições sobre o cumprimento das metas do “novo arcabouço fiscal” e a Reforma Tributária.

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Perspectivas

A indústria gaúcha começa o ano exibindo otimismo para o primeiro semestre de 2024. O Índice de Expectativas aumentou de 50,2, em dezembro, para 53,5 pontos, em janeiro. É o maior valor desde outubro de 2022 e quanto mais acima da linha dos 50 pontos, maior e mais disseminado está o otimismo entre os empresários.

As perspectivas positivas, porém, não se aplicam à economia nacional. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira cresceu 4,8 pontos, para 47,5, a maior alta desde abril de 2021. Mas o valor abaixo de 50 ainda demonstra pessimismo, apesar de menor e menos disseminado na comparação com dezembro. O percentual de empresários pessimistas com a economia brasileira caiu de 33,5% para 27,7% na virada do ano, enquanto o de otimistas cresceu de 14,4% para 21,4%. Portanto, as expectativas positivas seguem restritas ao futuro das empresas: o Índice de Expectativas das Empresas atingiu 56,5 pontos em janeiro, sendo o maior patamar desde outubro de 2022, e 2,5 acima de dezembro. É este o componente responsável por sustentar o ICEI-RS superior aos 50 pontos.

Com todo este contexto, a pesquisa da Fiergs, realizada entre 2 e 16 de janeiro com 175 empresas, sendo 40 pequenas, 58 médias e 77 grandes, indica que, apesar da volta da confiança em janeiro, ela permanece baixa, perto dos 50 pontos. Está bem distante dos patamares de setembro de 2022, quando alcançou 62,9 e iniciou a tendência negativa. Além disso, historicamente, os dois primeiros meses do ano exibem o maior patamar do ICEI-RS.

(*) Com informações da Fiergs.

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