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Reaproveitando resíduos, calçadista prevê reduzir pela metade o descarte de materiais

Reaproveitando resíduos, calçadista prevê reduzir pela metade o descarte de materiais

Rebarbas de solado e restos de PVC (policloreto de vinila), TPU (poliuretano termoplástico) e TPC (copoliéster termoplástico), estão sendo reaproveitados na produção de solados e palmilhas de sandálias. Desta forma, produzindo os calçados da Kenner, a Tess Indústria e Comércio (Campina Grande/PB) prevê reduzir em pelo menos 50% a quantidade de materiais descartados neste ano em relação a 2022.

As sandálias da linha Reuse, da Kenner, são produzidas a partir de resíduos da fábrica, que seriam comumente descartados. As matérias-primas reaproveitadas passam por um processo específico para que possam se tornar novos solados e palmilhas.

“O reaproveitamento de resíduos na fábrica hoje é uma das nossas principais fontes de atuação. Somos mais de duas mil pessoas envolvidas nesse processo, que inicia com um olhar cuidadoso originalmente e replica esse olhar ao longo de toda a linha de produção”, explica a engenheira de materiais da Tess, Vera Morais.

Processo

Inicialmente, os materiais, que serão reaproveitados, são pesados e os compostos, misturados, formando uma massa, que é processada e laminada. Após ser cortada em pré-formatos com pesos padrões, a massa laminada passa por uma prensa, em que ganha o formato da sola ou da palmilha da sandália.

A partir da produção das sandálias ReUse, surgem novos resíduos, especialmente as rebarbas do solado prensado, mas que não são descartados. Ao invés disso, esses materiais são separados, coletados, triturados e reincorporados na cadeia produtiva.

Redução do descarte e novas aplicações

O compromisso da Kenner com a sustentabilidade não é algo novo. Nos últimos anos, a marca vem conquistando uma redução contínua do descarte de materiais em seus processos produtivos. Em 2021, foram descartadas aproximadamente 1,7 mil toneladas de resíduos, enquanto no ano passado esse número já reduziu para mil toneladas.

“Nosso objetivo é que no futuro nós não tenhamos somente uma palmilha, um solado, com ReUse, mas que nós possamos ter cabedais a partir do reaproveitamento de sobras de mais materiais que hoje nós ainda não temos descarte”, comenta o diretor da Tess, Célio Bilibiu.

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