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Produção industrial não cresce há quatro meses no RS, aponta Fiergs

Produção industrial não cresce há quatro meses no RS, aponta Fiergs

O índice da produção industrial gaúcha voltou a cair no final de 2022, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Registrou 39,8 pontos, em dezembro, queda bastante acentuada na comparação com novembro, quando se manteve estável, alcançando 50,1. Os resultados estão na pesquisa Sondagem Industrial do RS, realizada pela entidade, mostrando que, apesar de reproduzir o padrão do período, com muitos feriados e férias coletivas no setor, a produção não cresce há quatro meses, com três quedas e uma estabilidade, o que já afeta o mercado de trabalho.

Já o índice de número de empregados no último mês do ano passado foi de 44,9 pontos, valor que denota queda do emprego ante novembro. Embora também seja normal no período, foi a terceira diminuição seguida, lembrando que o emprego cresceu ininterruptamente de julho de 2020 a setembro de 2022, o que inclui os meses de dezembro de 2020 e de 2021.

Utilização da capacidade instalada

A utilização da capacidade instalada (UCI) também recuou em dezembro, para 67%, quatro pontos percentuais a menos que novembro, o mais baixo patamar para o mês desde 2018. No mesmo sentido, o índice de UCI em relação à usual no mesmo período caiu 5,5 pontos, o menor valor desde junho de 2020: 40,4 pontos. Ou seja, nos últimos 30 meses, foi a maior diferença entre a UCI observada e a considerada normal pelos empresários, em uma evidência clara de desaceleração da atividade em dezembro.

Estoques

Também nos estoques, em relação ao planejado o índice caiu de 52,7 para 51,1 pontos na comparação dos dois últimos meses de 2022. Isso revela que os estoques de produtos finais ficaram mais próximos, embora ainda acima, dos níveis esperados pelas empresas. Em outras palavras, o excesso em dezembro foi menor que o observado em novembro. Diferentemente dos outros índices da pesquisa, nos estoques, eles estão ajustados quando o índice marca 50 pontos.

Último trimestre de 2022

No trimestre, a sondagem trouxe os maiores problemas enfrentados pelo setor industrial nos últimos três meses de 2022. Para 34,1% das empresas, a elevada carga tributária voltou a ser o grande entrave, posição que não ocupava desde o quarto trimestre de 2019. A demanda interna insuficiente, apontada por 30,8%, foi o segundo maior obstáculo, seguido pela taxa de juros elevada (29,7%).

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