Para pagar dívidas que superam R$ 270 milhões, empresa venderá dois curtumes

Em recuperação judicial e com dívidas que superam os R$ 270 milhões, o Grupo Redenção (Cuiabá/MT), que controla 13 empresas, entre elas empreendimentos do setor coureiro, vai vender dois curtumes.

A assembleia geral de credores do Grupo Redenção aprovou, no dia 13, o plano de recuperação judicial, que prevê a venda de duas Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), no caso os curtumes Jangada (Jangada/MT) e Araputanga (Araputanga/MT), para pagamento das dívidas da empresa.

“A venda desses ativos é mais um ponto que foi modificado com atualização da Lei de Recuperação e Falências (LRF) e tem se tornado uma excelente forma de capitalizar a empresa. Nesta assembleia em específico a venda das UPIs foi construída com a participação e aprovação dos próprios credores, após muito negociação”, explica o advogado Euclides Ribeiro, responável pela recuperação judicial do Grupo Redeneção.

Dívidas trabalhistas

Antes da realização da assembleia geral de credores, a juíza titular do processo, Anglizey de Oliveira, autorizou a venda de imóvel e uso do dinheiro para pagamento dos credores trabalhistas no valor de R$ 4 milhões.

Recuperação judicial

O pedido de recuperação judicial da companhia foi aprovado pela 1ª Vara Cível de Cuiabá em abril do ano passado.

A recuperação judicial do Grupo Redenção envolve as 13 empresas controladas pela companhia e chega a um valor de aproximadamente R$ 850 milhões, quando levados em consideração os créditos concursais (cuja contraprestação já tenha sido executada pelo credor) e extraconcursais (crédito decorrente de obrigações contraídas depois que a empresa entra em recuperação judicial).

O grupo

O Grupo Redenção está no mercado há 38 anos. Sua primeira operação foi o frigorífico Araputanga no segmento de industrialização, importação e exportação de bovinos, suínos e seus derivados. A companhia cresceu e expandiu os negócios para outras regiões do Mato Grosso e de outros estados do País, diversificando suas atividades. Hoje conta com frigoríficos, curtumes e PCHs (pequenas centrais hidrelétricas).