Novas soluções para a indústria calçadista
A tecnologia tem papel fundamental na inovação e, especialmente, na reinvenção das empresas. Neste âmbito, ela tem contribuído para que novas soluções sejam continuamente apresentadas ao mercado. Dentro do escopo de novidades para aplicação na indústria calçadista estão um software 3D para desenvolvimento integrado da parte estrutural do calçado e um aditivo antimicrobiano para componentes/partes têxteis de calçados.
Em junho, a maior fabricante mundial de calçados esportivos adquiriu, da OKNTechs (Novo Hamburgo/RS), provedora de tecnologia para o setor calçadista, seis licenças do OKN FTW, software 3D para desenvolvimento integrado da parte estrutural do calçado (forma, palmilha de montagem, salto, taco e solado).
“Por integrado significa que todos estes componentes são desenvolvidos juntos, garantido um perfeito encaixe entre eles e posteriormente, se durante o processo de desenvolvimento do calçado por algum motivo se faça necessária a alteração de um destes componentes específicos, todos os outros podem ser alterados simultaneamente de maneira muito fácil, ágil e precisa”, explica o diretor comercial da OKNTechs, Gabriel Schaefer.
Após os componentes serem desenvolvidos, o OKN FTW possibilita que se use estes arquivos seja para montar amostras virtuais, usinar um molde ou imprimir em 3D um salto ou solado, por exemplo. “Inclusive estaremos lançando um modulo nos próximos meses com o intuito de texturizar moldes e peças, muito importante, principalmente, para quem quer imprimir peças mais realistas e que acreditamos que será o nosso próximo trampolim de vendas”, pontua Schaefer, que prevê dobrar o número de licenças comercializadas do software no curto prazo.
Nanotecnologia
Ao longo da pandemia da Covid-19, a scale-up TNS Nano (Florianópolis/SC) desenvolveu um aditivo antimicrobiano para aplicação em componentes/partes têxteis de calçados. A partir do emprego de nanotecnologia, a empresa catarinense transformou o calçado em um objeto de proteção contra vírus e bactérias.
“Além de ajudar o consumidor final com as nossas soluções, também auxiliamos no restabelecimento da indústria calçadista com uma nova demanda para este mercado”, analisa Gabriel Nunes, diretor geral da scale-up.
O desenvolvimento do aditivo antimicrobiano é feito com solventes e processos limpos. “O solvente utilizado para o desenvolvimento do produto foi escolhido de acordo com a baixa toxicidade e agressividade. Já no processo de utilização do aditivo na indústria, estruturou-se uma metodologia branda de aplicação – com aplicações mínimas de solventes e sem geração de resíduos — sendo, portanto, mais benéfica ao meio ambiente”, completa Nunes.
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