Nike anuncia corte de US$ 2 bilhões em custos e prevê demissão em massa

A Nike revelou, no dia 22 de dezembro, planos para cortar US$ 2 bilhões (R$ 9,7 bilhões) em custos operacionais nos próximos três anos, o que inclui a demissão em massa de funcionários. A gigante norte-americana de calçados e artigos esportivos reduziu sua projeção de receita para o ano fiscal com base no desempenho negativo no trimestre encerrado em novembro de 2023.

A perspectiva negativa para os negócios da Nike ocorre em meio à crescente concorrência da californiana Hoka e da suíça On – controlada pela holding do ex-tenista profissional Roger Federer e que tem como acionista Marc Lemann, "filho do homem mais rico do Brasil". Com queda nas vendas e mudança nas projeções, a companhia anunciou medidas que incluem redução do sortimento de itens produzidos no segmento de tênis.

Mudança de comportamento do consumidor

De acordo com o diretor financeiro da Nike, Matthew Friend, a previsão é encerrar o ano fiscal, que termina em maio de 2024, com um crescimento de receita de aproximadamente 1%. O executivo acrescenta que a mudança de comportamento do consumidor "ligou um alerta". “Estamos vendo indícios de um comportamento mais cauteloso do consumidor em todo o mundo”, comenta.

Queda nas ações

As ações da Nike caíram 11,8% na bolsa de valores de Nova York depois que a empresa reduziu suas perspectivas de receita e anunciou que cortaria cerca de US$ 2 bilhões em custos nos próximos três anos.