Moda inclusiva: marca de calçados identifica e analisa mercado PCD

A marca de calçados Dakota (Nova Petrópolis/RS), divulga, desde essa segunda-feira (26), uma pesquisa nacional sobre mulheres PCD (pessoas com deficiência). O levantamento, disponível em e-book, traz um mapa com um perfil consistente deste público, e principalmente, como se sentem em relação à moda e a atenção às pessoas com deficiência enquanto consumidoras.

Na pesquisa conduzida pela Agência Bistrô (Porto Alegre/RS) na plataforma de pesquisa MindMiners, foram ouvidas 200 mulheres maiores de 18 anos, de todas as classes sociais do País, para entender as demandas e a potência do mercado PCD.

“Estamos falando de um universo de 17,3 milhões de pessoas com deficiência, e 59% das mulheres PCD não se sentem representadas pelas marcas, e 61% sentem que não há conexão alguma. Ver empresas agindo e puxando um movimento que deveria estar mais presente no mercado, é maravilhoso. Queremos mostrar ao mercado que existe um público consumidor forte e que quer ser ouvido e representado”, comenta a diretora de planejamento e conexões da Agência Bistrô, Bárbara Carrion.

Moda inclusiva

Sobre a moda inclusiva: 48% das respondentes já deixaram de comprar em uma loja física por conta da falta de acessibilidade e, 17,82% disseram sentir falta de etiquetas ou sinalização em braile nas lojas físicas. Para elas, mais do que para todo mundo, um bom atendimento é essencial tanto que, segundo a pesquisa, 75,5% das respondentes acham que os vendedores não possuem um treinamento para atender pessoas com deficiência.

Ainda segundo os dados obtidos, 42% das respondentes não encontram peças bonitas e estilosas específicas para suas necessidades. “A partir desses insights que as empresas devem criar produtos adaptados a corpos fora do padrão, oferecer um treinamento adequado de funcionários das lojas e, ter acessibilidade nas lojas físicas e on-line”, diz a pesquisa.