Marca gaúcha reduz emissões de CO2 em 16 toneladas
A Grendene, companhia gaúcha que tem capacidade instalada para produzir 250 milhões de pares de calçados por ano, calculou que a fabricação da linha R4 – Recriar o Futuro –, da sua marca de sandálias Rider, reduziu as emissões de CO2 (dióxido de carbono/gás carbônico ou gás do efeito estufa) em 16,7 toneladas.
A empresa fez um estudo de desmontagem dos produtos, a fim de entender como aproveitar os resíduos que seriam descartados, ou seja, buscando usar menos quantidade de componentes para cada par e concentrar materiais reciclados em seu processo produtivo.
A linha R4 apresenta quatro modelos de calçados produzidos com produtos veganos e materiais reciclados, a partir dos resíduos das próprias fábricas da empresa. Estima-se que na produção dessa linha gerou-se 54% menos resíduos e o consumo de água diminuiu em 27%.
“O futuro da Grendene é ter um calçado vegano com a maior quantidade possível de biomateriais”, observa o gerente da divisão de desenvolvimento sustentável da Grendene, Carlos André Carvalho, acrescentando também o uso de outros materiais, como casca de arroz e casca de coco, resíduos agroindustriais que substituem material de origem fóssil na composição. “Tanto nos materiais biobased como nos reciclados pré e pós consumo reduzimos a emissão de carbono”, completa.
Entre 2019 e 2021, a receita da Grendene oriunda de produtos de menor impacto alcançou R$ 13 milhões com o lançamento de 26 produtos. A perspectiva de mais produtos com atributos de sustentabilidade é um indicador de novas oportunidades no mercado. Para ajudar a criar a reputação de sustentabilidade e gerar reconhecimento das suas ações, a fabricante está ampliando a visibilidade em feiras e eventos.
Nos calçados esportivos
Após dez anos de pesquisa, a marca japonesa de artigos esportivos Asics apresentou, recentemente, o tênis Gel-Lyte III CM 1.95, considerado o modelo de sneaker com a menor emissão de C02 do mundo.
Para produzir o calçado são emitidos 1.95 kg de Co2 por par. Já a fabricação de um tênis regular consome em média 13 kg de Co2 por par.
Para chegar neste resultado, além de mudanças na manufatura, a Asics também investiu em outros tipos de materiais. A espuma do tênis foi concebida em um processo carbono negativo, que consiste em uma fusão de bio polímeros derivados da cana-de-açúcar. Grande parte do cabedal é feito com poliéster reciclado. A intenção é usar 100% deste material nos cabedais até 2030.
Estimativas apontam que a indústria de tênis sozinha seja responsável por 700 milhões de toneladas métricas de emissões de gases de efeito estufa a cada ano no planeta.
O Gel-Lyte III CM 1.95 tem previsão de chegar ao mercado no segundo trimestre de 2023.
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