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Marca de calçados "mergulha em seu próprio lixo" para criar tênis
"Mergulho em seu próprio lixo". Foi assim que marca de calçados iniciou o projeto circular de seu novo modelo de tênis.
Última atualização: 04/11/2024 12:11
Uma marca de calçados esportivos, literalmente, "mergulhou em seu próprio lixo" para criar um novo modelo de tênis. Nesse sentido, a Asics acabou desenvolvendo e produzindo o Neocurve, calçado que traz em sua composição materiais que estariam sendo jogados fora. Anteriormente, a Asics já produziu tênis com tecido de airbag e couro de estofamento reaproveitados da indústria automotiva.
O Neocurve é produzido a partir de calçados usados triturados, calçados com defeito e estqoue morto. O produto acabou sendo projetado em colaboração com a casa de design holandesa Studio Hagel. "O Neocurve homenageia o legado da Asics revitalizando sua coleção, misturando inspirações retrô com criatividade futurística".
"Em essência, a Asics mergulhou em seu próprio lixo para encontrar tesouros esquecidos – transformando o que antes era considerado desperdício e inutilizável em um recurso valioso", diz a marca em comunicado de mercado.
Tênis que "é mais do que um produto"
A Asics cita que o Neocurve "é mais do que um produto – é parte do compromisso com a produção local visando reduzir as emissões de CO2". Cada etapa da criação do calçado, desde a coleta e desmontagem até o design e a fabricação, ocorre na Europa. De acordo com a empresa, esta abordagem local minimiza a pegada ambiental associada às cadeias de suprimentos globais, "reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade".
Para o desenvolvimento do projeto, a Asics fez uma parceria juntamente com a empresa holandesa especializada em reciclagem, Fast Feet Grinded. Do mesmo modo, a companhia parceira da marca japonesa demonsta calçados descartados, separando materiais para a reutilização.
"Podemos criar algo novo a partir do que jogaríamos fora?"
O chefe de projetos de economia circular da Asics, Hidetoshi Muraoka, explica que o projeto Neocurve, sobretudo, começou com uma pergunta simples: "podemos criar algo novo a partir do que jogaríamos fora?"
"Apesar dos nossos esforços para reduzir o desperdício – por meio de produção otimizada, amostras digitais e programas de doação de calçados –, alguns produtos ainda acabavam como estoque morto não vendável", comenta Muraoka.
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