Marca de calçados “mergulha em seu próprio lixo” para criar tênis
Uma marca de calçados esportivos, literalmente, “mergulhou em seu próprio lixo” para criar um novo modelo de tênis. Nesse sentido, a Asics acabou desenvolvendo e produzindo o Neocurve, calçado que traz em sua composição materiais que estariam sendo jogados fora. Anteriormente, a Asics já produziu tênis com tecido de airbag e couro de estofamento reaproveitados da indústria automotiva.
O Neocurve é produzido a partir de calçados usados triturados, calçados com defeito e estqoue morto. O produto acabou sendo projetado em colaboração com a casa de design holandesa Studio Hagel. “O Neocurve homenageia o legado da Asics revitalizando sua coleção, misturando inspirações retrô com criatividade futurística”.
“Em essência, a Asics mergulhou em seu próprio lixo para encontrar tesouros esquecidos – transformando o que antes era considerado desperdício e inutilizável em um recurso valioso”, diz a marca em comunicado de mercado.
Tênis que “é mais do que um produto”
A Asics cita que o Neocurve “é mais do que um produto – é parte do compromisso com a produção local visando reduzir as emissões de CO2”. Cada etapa da criação do calçado, desde a coleta e desmontagem até o design e a fabricação, ocorre na Europa. De acordo com a empresa, esta abordagem local minimiza a pegada ambiental associada às cadeias de suprimentos globais, “reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade”.
Para o desenvolvimento do projeto, a Asics fez uma parceria juntamente com a empresa holandesa especializada em reciclagem, Fast Feet Grinded. Do mesmo modo, a companhia parceira da marca japonesa demonsta calçados descartados, separando materiais para a reutilização.
“Podemos criar algo novo a partir do que jogaríamos fora?”
O chefe de projetos de economia circular da Asics, Hidetoshi Muraoka, explica que o projeto Neocurve, sobretudo, começou com uma pergunta simples: “podemos criar algo novo a partir do que jogaríamos fora?”
“Apesar dos nossos esforços para reduzir o desperdício – por meio de produção otimizada, amostras digitais e programas de doação de calçados –, alguns produtos ainda acabavam como estoque morto não vendável”, comenta Muraoka.
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