Lucro da Grendene cai quase 30%
A Grendene (Farroupilha/RS), uma das maiores produtoras mundiais de calçados – tem capacidade instalada para produzir 250 milhões de pares/ano –, registrou queda de quase 30% no lucro líquido do segundo trimestre de 2024. Nesse sentido, a companhia somou R$ 41,6 milhões no indicador que reflete o resultado final das operações após todas as deduções de despesas, custos e impostos. Redução de 27,2% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Nos primeiros três meses de 2024, a receita líquida da Grendene subiu quase 4%.
Conforme a empresa, o panorama observado no segundo trimestre de 2024 “foi muito semelhante” ao vivenciado nos últimos trimestres. “O cenário doméstico ainda desafiador, especialmente para o consumo das famílias, e o desaquecimento da economia mundial ainda representam um obstáculo para a recuperação da demanda, impactando as vendas”.
“Embora as condições macroeconômicas ainda não sejam ideais para a retomada do consumo, começamos a observar sinais mais promissores. Entre eles estão o crescimento econômico, com a redução da inflação, o aumento do emprego e a queda das taxas de juros”, aponta o diretor financeiro e de relações com investidores da Grendene, Alceu Albuquerque.
“Drivers de crescimento” da Grendene
Além disso, a Grendene cita que o desempenho do segmento masculino, composto pelas marcas Rider, Cartago e Mormaii, e o forte desempenho da Melissa foram os “principais drivers (fatores que impulsionam) de crescimento” do mercado interno no trimestre.
Mercado externo
Entretanto, as exportações da Grendene no segundo trimestre de 2024 somaram 4,2 milhões de pares e R$ 97,7 milhões de receita bruta. O que representou aumento tanto em volume (+16,3%) quanto em receita (+12,4%) em relação ao mesmo intervalo do ano passado (segundo trimestre de 2023). “Período em que nossas exportações sofreram bastante”, diz a companhia.
“O ambiente internacional segue bastante instável e desfavorável. Alguns países da América Latina passam por crises político-econômicas e a economia norte-americana ainda segue ‘patinando’. Além disso, a concorrência com produtores asiáticos intensificada com a redução dos fretes internacionais”, analisa Albuquerque.
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