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Indústria gaúcha tem queda intensa; couros e calçados caem 14%

A recente catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul provocou queda intensa da indústria gaúcha em maio.

Publicado em: 04/07/2024 11:50
Última atualização: 04/07/2024 11:50

A recente catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul provocou queda intensa da indústria gaúcha em maio. É o que revela a pesquisa do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgada nesta quarta-feira (3), pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Na comparação com o mesmo mês de 2023, a contração foi de 11,8%, a maior baixa desde maio de 2020 (na relação anual).. Registrando um tombo de 14%, Couros e Calçados é o segundo segmento, entre os 16 pesquisados pelo IDI-RS, com as reduções mais expressivas.

De acordo com o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, "a dimensão histórica dos resultados negativos" dos indicadores industriais "deve-se à severidade" da catástrofe climática. "Que atingiu total ou parcialmente, direta ou indiretamente, as operações das empresas com perdas de estoques, danos em máquinas, equipamentos e instalações", pontua. Além disso, o dirigente acrescenta que houveram impactos na logística, fornecedores e funcionários.

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Outros grandes choques da indústria gaúcha

Entretanto, o desempenho negativo de maio, segundo a entidade, é compatível com outros grandes choques do passado. Entre eles estão março de 2020 (-10,8%, com a pandemia de Covid-19), maio de 2018 (-7,3%, com a greve dos caminhoneiros) e novembro de 2008 (-11,5%, com a crise financeira global). Com isso, a atividade industrial em maio de 2024, medida pelo IDI-RS, atingiu o menor patamar desde agosto de 2020.

A queda acumulada do IDI-RS em 2024 acelerou de -1,5%, até abril, para -3,7%, até maio, respectivamente, ante os primeiros quatro e cinco meses de 2023. As compras industriais (-10,5%) e o faturamento real (-5,8%) seguem como os componentes de pior desempenho no acumulado, seguidos pelas horas trabalhadas na produção (-3,7%) e pelo emprego (-1,6%). Já a massa salarial real (3,8%) e a utilização da capacidade instalada (0,3 ponto percentual) mantiveram as taxas positivas.

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