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Fusão de Arezzo e Grupo Soma, em negócio com faturamento de R$ 12 bi, é aprovada pelo Cade

Fusão de Arezzo e Grupo Soma, em negócio com faturamento de R$ 12 bi, é aprovada pelo Cade

A fusão entre a Arezzo&Co (Campo Bom/RS) e o Grupo Soma (Rio de Janeiro/RJ), duas das gigantes da moda brasileira, anunciada no dia 5 de fevereiro, formando companhia conjunta com faturamento de R$ 12 bilhões, foi aprovada, sem restrições, em 27 de março pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade). O edital que dá publicidade ao ato de concentração foi divulgado no Diário Oficial da União (DOU) da mesma data (27 de março).

No negócio, o Grupo Soma, detentor da Hering e das grifes Farm e Animale, foi incorporado pela Arezzo&Co, dona das marcas de calçados Arezzo e Schutz – pelo acordo, os acionistas da Arezzo&Co são titulares de 54% e acionistas do Grupo Soma de 46% do capital social da nova companhia, que comercializa calçados, bolsas, itens de moda masculina, feminina e infantil, incluindo roupas e acessórios por meio de suas 34 etiquetas e mais 2 mil lojas, próprias e franquias.

Combinação de portfólios
Como justificativa para a realização da operação, as empresas explicam que a combinação de portfólios de marcas predominantemente complementares contribui para a sua maior resiliência em mercados altamente competitivos. Além disso, a operação traz ganhos de sinergia na gestão de canais de venda, otimização de operações industriais e possibilidade de desenvolvimento de novas linhas de negócios.

Análise do Cade
Em seu parecer, a SG concluiu que as estimativas de fatia de mercado conjunto das empresas nas praças horizontalmente sobrepostas situam-se abaixo de 20%, ou possuem variação de HHI inferior a 200 pontos. O Herfindahl-Hirschman (HHI) mede, para cada detalhamento, o grau de concentração dos bens exportados ou importados, um indicador que o conselho administrativo leva em conta para aprovar ou reprovar um negócio. O documento também alega que as estimativas de fatia de mercado nas praças verticalmente integrados situam-se abaixo de 30%. Assim, a operação não levanta preocupações concorrenciais.

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