Falta ou alto custo de matéria-prima afeta menos indústrias de pequeno porte, aponta CNI
As micros e pequenas indústrias brasileiras tiveram mais facilidade para adquirir insumos, produzir, contratar e utilizar a capacidade instalada das empresas no terceiro trimestre de 2022. No entanto, segundo o levantamento trimestral Panorama da Pequena Indústria (PPI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o entrave ainda lidera o ranking dos principais problemas na indústria de transformação, mas em menor intensidade. A mudança impactou positivamente o desempenho e as condições financeiras das empresas.
“O problema da falta ou alto custo de matéria-prima não deixou de existir, mas foi menos assinalado no terceiro trimestre pelas pequenas indústrias. A expectativa é que recue ainda mais no fim de 2022”, explica a analista de Políticas e Indústria da CNI, Paula Verlangeiro.
O levantantamento mostra também que no terceiro trimestre o Índice de Desempenho médio registrou 49,0 pontos, mantendo-se bem acima da média histórica para o trimestre (45,3 pontos). Quando comparada com o mesmo período de 2021, a média aumentou 1,6 ponto. Além disso, a pesquisa aponta que o Índice de Situação Financeira registrou 43,7 pontos e, com isso, apresentou o melhor resultado desde 2013.
“A melhora da situação financeira está relacionada ao aumento dos indicadores de satisfação com o lucro operacional, de satisfação com a situação financeira e de facilidade de acesso ao crédito no período analisado”, detalha Paula.
Otimismo acima da média
No terceiro trimestre de 2022, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as indústrias de pequeno porte foi de 58,7 pontos em outubro de 2022. Ao analisar os últimos doze meses, o resultado para a confiança oscilou, mas sempre acima da média histórica (53,0 pontos).
O Índice de Perspectivas das empresas industriais de pequeno porte também segue acima da média histórica, registrando 50,8 pontos em outubro.
Quando comparamos os dois indicadores com o mês anterior (setembro), houve queda dos índices, mas, por estarem acima da linha de 50,0 pontos, a conclusão ainda é que os empresários de pequeno porte seguem otimistas e com perspectivas positivas.
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