Negócios
Fábricas de calçados atingidas por enchente em SC não retomarão atividades neste ano
Inundações atingiram 85% do território do polo de São João Batista/SC no dia 1º de dezembro
Última atualização: 16/09/2024 09:22
Algumas fábricas de calçados de São João Batista/SC atingidas pela enchente do dia 1º de dezembro, considerada a maior já registrada na cidade, não conseguirão retomar as suas atividades neste ano. As inundações, provocadas pelo aumento do nível da água do Rio Tijucas, afetaram, de forma direta e indireta, aproximadamente 30 mil pessoas, ocupando quase 85% do território batistense.
Segundo o Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (Sincasjb), há registros de empresas que perderam toda a sua produção e maquinário. Na matriz da Calçados Ala, localizada no Centro da cidade, o nível da água chegou a 50 centímetros.
"Infelizmente, assim como a maioria das empresas do polo, fomos atingidos pela enchente. Somos um polo lutador, trabalhador, tenho a certeza de que vamos recuperar todo o nosso parque fabril e todas as empresas de São João Batista", afirma o diretor comercial da Calçados Ala, Jonatha dos Santos.
"Não há como mensurar os estragos"
A diretora criativa da Di Valentini, Juliana Mafeçoli, observa que não há como mensurar os estragos provocados pela enchente. Ao mesmo tempo, Juliana reforça para que os clientes e parceiros das indústrias calçadistas de São João Batista sigam investindo no polo. "Isso será fundamental para que consigamos nos reerguer e reconstruir as empresas de um setor que é o grande motor da nossa cidade e que gera milhares de empregos para pessoas, que inclusive, perderam tudo nessa enchente", afirma Juliana.
O vice-presidente do Sincasjb, Levi Sottomaior, também reforça a importância dos clientes das calçadistas de São João Batista seguirem investindo no polo. "Solicitamos para que os clientes lojistas direcionem seus pedidos para a nossa região. Que não cancelem seus pedidos, que chegarão, obviamente, com atraso. Isso são fatores que vão nos auxiliar no restabelecimento e na reconstrução da nossa cidade", pontua. Além disso, Sottomaior pede qye os prazos de pagamentos de negócios com os fabricantes catarinenses sejam cumpridos. "Que os prazos sejam cumpridos na data acordada, para que nós como empresas possamos organizar o pagamento de funcionários, a aquisição de novos materiais e a compra e o conserto de equipamentos", completa.
Calamidade pública
No dia 6, o governo federal, por meio da Portaria n° 3.485/2022, homologou a situação de calamidade pública em São João Batista. Nesta terça-feira (12), o presidente do Sincasjb, Almir Manoel Atanásio dos Santos, esteve reunido com associados e com representantes do poder público, buscando recursos para a recuperação da cidade. "O setor produtivo do calçado foi muito atingido. Estamos buscando uma ajuda emergencial para que possamos recuperar as nossas empresas e retomarmos as atividades o mais rápído possível", salienta o dirigente.
Como ajudar o polo?
Mais informações sobre como ajudar a população de São João Batista podem ser obtidas como a prefeitura mp telefone (48) 3265-0195 ou no site (sjbatista.sc.gov.br).