Fabricante gaúcha de componentes para calçados amplia parque fabril no Nordeste
Seguindo com o plano estratégico de expansão e modernização do parque fabril, iniciado em 2021, a fabricante de materiais de base para a indústria calçadista Rubberloss, companhia fundada e sediada em Novo Hamburgo/RS desde 1992 e uma das pioneiras em injeção de EVA no Brasil, finaliza, neste mês, a ampliação e a atualização tecnológica de sua unidade em Canindé/CE – localizada no sertão cearense e distante 115 km da capital Fortaleza/CE. A empresa está investindo R$ 14 milhões, com financiamento via Banco do Nordeste (BNB), e contrapartida de R$ 627 mil, em um convênio firmado entre a Prefeitura de Canindé e a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece).
Para atender a crescente demanda, principalmente, por materiais para a indústria de calçados esportivos – Nordeste concentra grande parte dos fabricantes do segmento no País –, a Rubberloss ampliou em 3 mil metros quadrados a sua unidade em Canindé, onde operava desde 2006 uma estrutura de 6 mil metros quadrados de área construída. Importou da China e de Taiwan, máquinas para a injeção e produção de compostos de EVA – os equipamentos foram transportados da Ásia por transporte marítimo até o Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante/CE, e de lá levados por 14 carretas até a fábrica em Canindé.
Atualmente, a fábrica no Ceará gera 700 empregos diretos e segundo o diretor da Rubberloss, Epifânio Loss, a perspectiva, com a expansão, é de que sejam abertos novos postos de trabalho. Loss reforça que a ampliação já estava sendo planejada há pelo menos quatro anos. “Já tínhamos definido este investimento durante a pandemia e feito um aporte para que estes equipamentos fossem desenvolvidos na China e em Taiwan, até por não termos fornecedores aqui no Brasil”, comenta o gestor em entrevista ao Exclusivo.
Com a expansão da unidade em Canindé, a empresa projeta ampliar a capacidade produtiva em cerca de 25%.
Mais agilidade no processo
Assim como na planta industrial gaúcha, no Ceará a Rubberloss faz a injeção de termoplásticos, como o TR e o PVC; injeta TPU (material resistente utilizado no solado de chuteiras); produz saltos, tacos, solas completas de EVA, entresolas de EVA e solados de borracha. A partir da expansão, a fábrica cearense também produzirá os compostos de EVA – que antes eram fabricados no Rio Grande do Sul e tinham que ser transportados até o Ceará. “O que acaba encarecendo o processo por exigir uma complexa logística – mais de 4 mil km entre Novo Hamburgo e Canindé por transporte rodoviário. A partir de agora, conseguiremos dar maior agilidade para atender nossos clientes”, comenta Loss.
Investimentos também no Rio Grande do Sul
Dentro do plano estratégico de atualização do parque fabril, a Rubberloss também investiu, há três anos, na modernização dos equipamentos da matriz, em Novo Hamburgo/RS, onde a empresa também produz, desde 2014, clogs para a marca norte-americana Crocs – dois lotes de produtos são embarcados por semana para São Paulo e de lá distribuídos pela própria Crocs para o mercado brasileiro. Em 2021, a companhia aplicou cerca de R$ 8 milhões na aquisição de máquinas importadas de Taiwan para injeção de EVA na fábrtica hamburguense. O empresário reforça que todos os investimentos são pensados a partir da manutenção de empregos. “É preciso que se diga que não vamos nos transferir para o Nordeste e que manteremos todos os postos de trabalho em nossas duas unidades”, pontua Loss.
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