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Exportações de couro do Brasil estão crescendo

As exportações brasileiras de couro seguem crescendo em 2024. No acumulado de janeiro a maio, os embarques geraram mais de US$ 500 milhões.

Publicado em: 25/06/2024 17:02
Última atualização: 25/06/2024 17:04

As exportações de couro do Brasil estão crescendo em 2024. No mês de maio, o total exportado alcançou valor de US$ 116,7 milhões (alta de 28% sobre o mesmo mês de 2023). No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a soma chega a US$ 548,4 milhões. Crescimento de 17,7% sobre recorte de janeiro a maio de 2023. Em área, os números também são positivos: altas de 43,7% em metros quadrados em maio e 26,2% no acumulado do ano. As informações são do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

No quinto mês do ano, curtumes brasileiros aumentaram área exportada em 43,7%

Rogério Cunha, da Inteligência Comercial do CICB, comenta que os dados são animadores. Por outro lado, ele reforça que são influenciados pela catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul em maio. “O estado é o número um do ranking de exportadores brasileiros. Mesmo com as dificuldades acarretadas pelas enchentes em empresas e na estrutura logística, os índices se mantiveram praticamente estáveis em maio, o que deixa o balanço do mês com análise ainda mais positiva”, destaca.

O Rio Grande do Sul teve participação de 26,3% nas exportações do Brasil de janeiro a maio. O recorte imediatamente anterior, de janeiro a abril, foi de 26,6%.

Por outro lado, o presidente-executivo da Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSul), Moacir Berger, aponta que o evento climático “ainda não teve efeito” nos embarques do mês. “Mas, é certo que a partir de junho o reflexo se fará sentido de maneira mais acentuada em função da paralisação total ou parcial de várias empresas exportadoras do setor”.

Couro gaúcho

O dirigente da AICSul aponta que os curtumes do Rio Grande do Sul “mesmo considerando as variáveis que poderiam afetar negativamente o volume de suas exportações neste começo de 2024, têm apresentado números crescentes em relação aos mesmos meses de 2023 em todo o período”. De janeiro a maio, as exportações dos gaúchos geraram US$ 144,47 milhões, aumento de 19% relação ao mesmo período do ano anterior. “Da mesma forma, o desempenho considerando o volume físico em metros quadrados também foi positivo em 37,7% nos primeiros cinco meses de 2024, na comparação ao mesmo intervalo de 2023”, observa Berger.

Os principais importadores de couro brasileiro no acumulado do ano, segundo o CICB, em valores são países asiáticos e norte-americanos. A relação inclui China e Hong Kong (32,4% de participação), Estados Unidos (13,8%), Itália (12,0%), Vietnã (9,9%), México (5,8%) e Tailândia (3,3%).

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Negócios "razoáveis" e semestre "desafiador"

A Indústria de Peles Minuano (Lindolfo Collor/RS), manteve regularidade nos seus negócios com o mercado externo no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024. “As exportações foram, de certa forma, razoáveis, principalmente devido à arrancada do ano um pouco mais lenta que o normal”, afirma Mateus Leão Enzveiler, business manager da companhia que é a maior produtora mundial de tapetes em couro com pelo. Ao mesmo tempo, o gestor prevê um segundo semestre “desafiador com o mercado externo não muito animado”.

Atualmente, a empresa gaúcha do setor coureiro atende, principalmente, os segmentos moveleiro e de decoração, e exporta para os mercados europeu e asiático.

Dentro das médias mensais de 2024

De acordo com o CICB, “apesar do forte impacto” nos principais pontos de escoamento das exportações gaúchas em maio devido às enchentes, afetando as exportações totais em cerca de 14%, o setor do couro gaúcho manteve os embarques dentro das médias mensais de 2024, “o que fez com que o share ficasse praticamente inalterado até o momento”.

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