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Desvalorização do peso argentino impacta no resultado financeiro da Puma

Desvalorização do peso argentino impacta no resultado financeiro da Puma

A desvalorização do peso argentino em 54% em dezembro de 2023 e o tratamento contábil da hiperinflação na Argentina impactaram no desempenho financeiro da Puma no quarto trimestre do ano passado. As vendas da terceira maior marca esportiva do planeta caíram cerca de 9,8%, mas se ajustadas pelo câmbio, o recuo foi de 4%, chegando a aproximadamente 1,98 bilhão de euros (US$ 2,15 bilhões). No mesmo período de 2022, a receita foi de 2,2 bilhões de euros.

No último trimestre de 2023, o lucro líquido da Puma ficou em torno de 350 milhões de euros, contra 343 milhões de euros em 2022.

“O tratamento contábil da hiperinflação na Argentina e a desvalorização significativa do peso argentino em meados de dezembro tiveram um impacto extraordinário nos resultados do quarto trimestre e do ano fiscal de 2023”, disse a Puma em comunicado.

Perspectivas ainda sob impacto da desvalorização do peso argentino

Para 2024, a Puma projeta um crescimento de vendas ajustado de um dígito médio e um EBIT (lucro antes dos juros e tributos) na faixa entre 620 milhões de euros e 700 milhões de euros no exercício financeiro. “Apoiado pelo contínuo impulso da marca Puma, apesar dos contínuos ventos contrários geopolíticos e macroeconômicos globais”, diz a empresa.

Ainda sobre perspectivas, a Puma “pressupõe que a futura desvalorização do peso argentino será totalmente compensada pelos correspondentes aumentos de preços na Argentina”. Segundo a empresa, a contabilização da hiperinflação argentina exige, de acordo com a IAS 29 – norma atual do IFRS (padrão contábil internacional) sobre contabilidade de inflação –, um ajuste pela inflação e a conversão cambial com a taxa de câmbio do fim do ano, em vez de usar a taxa de câmbio média do ano inteiro e o “impacto precisa ser totalmente reconhecido no respectivo trimestre”.

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