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Como a indústria tem pensado o tal do Metaverso

Como a indústria tem pensado o tal do Metaverso

Podemos chamar o Metaverso de uma realidade paralela à nossa, a qual só podemos acessar pelo uso de tecnologia. Ou seja, é uma experiência virtual em um espaço alternativo em que pessoas podem emergir e ter experiências diversas, que podem ir de entretenimento ao trabalho. Empresas de vários segmentos têm feito experimentações sobre esta ferramenta que é uma nova alternativa de como produzimos, vendemos e consumimos.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) vem desenvolvendo o Projeto Metaverso Fiergs, que reúne experiências para a inserção segura das indústrias nos meios digitais. “É um projeto de longo prazo, no qual a entidade assume experimentar previamente as ferramentas para depois selecionar e apontar os meios garantidos de os fabricantes utilizarem esses canais”, explica o coordenador da iniciativa, Júlio César de Magalhães.

Desde o início, o conceito foi de utilizar o Metaverso na sua “parte séria”, que é a de um canal de comunicação das indústrias gaúchas com o universo internacional digitalizado. “Então, trabalhamos num showroom de produtos que não dependerá de fuso horário nem de fronteiras. Outra utilidade será hospedar eventos de lançamento de inovações aqui desenvolvidas.”

Magalhães observa que o propósito do projeto é “transformar desafios em soluções” para o ingresso das empresas industriais no Metaverso. “Logicamente, as indústrias precisarão estar interessadas nisto, passando a incluir o Metaverso nos seus planos de comunicação com o diferencial interativo. As linhas de produção continuarão fazendo itens físicos, pois a demanda da vida real é física.”

Coleção de calçados

Uma realidade utilizada pelas grandes marcas calçadistas são os NFTs. Quem investiu neste conceito foi a Reserva X, divisão de inovação e Metaverso da Reserva, que lançou o Spriz NFT Series, versão de um tênis que integra físico e digital. Os proprietários poderão optar entre resgatar o calçado, ou deixá-lo guardado e embalado a vácuo no cofre da Reserva até 2030, possibilitando a valorização ao longo dos anos. “Essa é uma nova frente da Reserva X que olha para uma nova estrada de produtos que permitirá a oferta integrada entre a versão física e digital, ou seja, vai permitir que as pessoas possam ter as duas opções de aquisição”, explica o diretor de Marketing e inovação da Reserva, Pedro Cardoso.

Nike investe em tênis virtual

Tão logo se começou a falar em Metaverso, a Nike, principal marca de calçados esportivos do mundo, comprou a RTFKT, uma fabricante de tênis virtual. Fundada em 2020, a empresa se estabeleceu como marca de moda digital, oferecendo calçados colecionáveis e exclusivos que podem ser usados por avatares no Metaverso.

“Esta aquisição foi um passo importante na aceleração da transformação digital da Nike e nos permitiu servir atletas e criadores na intersecção entre esporte, criatividade, jogos e cultura”, frisa o presidente-executivo da Nike, John Donahoe.

Antes de adquirir a RTFKT, a Nike já havia investido US$ 8 milhões no Metaverso.

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