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Com recuperação judicial suspensa, calçadista confirma demissões em duas fábricas

Segundo a empresa, desligamentos decorrem do grave cenário macroeconômico e dos desafios enfrentados pela indústria calçadista nacional

Publicado em: 22/02/2024 07:52
Última atualização: 10/06/2024 08:00

Com recuperação judicial suspensa desde novembro do ano passado pelo Tribunal de Justiça do Sergipe, o Grupo Dok (Birigui/SP), fabricante de marcas de calçados como Ortopé e Bical, anunciou nesta quarta-feira, 21, "desligamento de parte" de seus colaboradores nas fábricas de Birigui/SP e Frei Paulo/SE. A empresa não informou quantos funcionários foram demitidos.

Em nota enviada ao Exclusivo, o Grupo Dok informa que as demissões "decorrem do grave cenário macroeconômico e dos desafios enfrentados pela indústria calçadista nacional" e que está "trabalhando ao máximo para que a redução dos postos de trabalho resulte no menor impacto possível para as comunidades e que este foi a última opção após a adoção de uma série de medidas para evitá-las".

"Decisão unilateral"

Segundo a companhia, a "decisão unilateral" do Tribunal de Justiça do Sergipe em suspender sua recuperação judicial fez com que fornecedores, clientes e demais players "recuassem no fomento da empresa, o que ocasionou em queda no faturamento e piora da estrutura de capital". A fabricante calçadista informa que está tentando, desde então, reverter a decisão judicial e espera consegui-la em breve. "Essa suspensão, além do Grupo Dok, prejudica os trabalhadores e credores sujeitos à recuperação judicial", diz o comunicado.

Novo diretor estatutário

O Grupo Dok destaca que, "em reforço de sua governança corporativa", nomeou, em 29 de janeiro, Pedro Henrique Torres Bianchi como seu novo diretor estatutário. Bianchi tem a função de responder legalmente pela empresa e liderar a negociação com os credores.

Manifestações

O Exclusivo contatou o Sindicato dos Sapateiros de Birigui e o Sindicato dos Trabalhadores nas indústrias de. Calçados, Fiação e Tecelagem nos Municípios de Frei Paulo, Carira, Ribeirópolis e Lagarto (Sindcafit), mas não obteve nenhum posicionamento das entidades sindicais até a publicação deste conteúdo.

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