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Chuvas no RS: Usaflex retoma expediente nesta quarta

Publicado em: 07/05/2024 20:10
Última atualização: 07/05/2024 20:10

A fabricante de calçados Usaflex (Igrejinha/RS) retoma as operações nesta quarta-feira (8). A empresa, que não teve a estrutura física afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, regressa com atividades presenciais nas áreas administrativa, suporte, entre outros setores sem férias coletivas programadas.

Em entrevista ao Exclusivo, o CEO da Usaflex, Sergio Bocayuva, conta que a calçadista acabou não sendo afetada estruturalmente pelas enchentes. "Não tivemos nenhuma perda patrimonial", frisa. Ao mesmo tempo, Bocayuva explica a paralisação por 15 dias em decorrência das chuvas. "Como haveria paralisação das aulas e cerca de 70% do nosso de colaboradores são mulheres, entendemos que caberia paralisar as atividades por 15 dias", observa.

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O gestor acrescenta que a calçadista já havia programado, anteriormente, uma pequena pausa devido a questões estratégicas de faturamento relacionado ao Dia das Mães e, também, gerenciamento de estoque.

Colaboradores da Usaflex

De acordo com Bocayuva, 90% dos 1,4 mil colaboradores da Usaflex acabaram afetados direta ou indiretamente pelas enchentes. "A única preocupação que tivemos foi de liberar os colaboradores. Isso vai trazer algum custo adicional para a companhia, que nem quantifiquei e nem estou preocupado com isso. A questão social sempre foi um pilar meu, que é a preocupação com gente".

Por outro lado, o gestor considera que a paralisação causará perda de produção. "Mas, de alguma forma vamos compensar isso no futuro", comenta.

Sede da Usaflex em Igrejinha/RS

Ações emergenciais

Em decorrência das enchentes e para auxiliar seus colaboradores, a Usaflex antecipou salários, 13º salário e férias. Ao mesmo tempo, fez uma pesquisa para entender quais perdas os funcionários tiveram com a catástrofe climática. "Para ver em quanto mais poderíamos auxiliá-los direta ou indiretamente", reforça Bocayuva.

Abastecimento entre fábricas

Duas das quatro cidades em que a Usaflex tem fábricas não foram tão atingidas pelas enchentes. Do mesmo modo, o executivo esclarece que as unidades atuam de forma coordenada. Neste sentido, ele comenta que a decisão em paralisar a produção por 15 dias foi uniforme em todas as plantas produtivas.

Sergio Bocayuva, CEO da Usaflex

"Fábricas de uma cidade são abastecidas pelas de outras cidades. Então, não adianta uma funcionar e outra não. Este abastecimento entre fábricas garante um casamento muito grande de produção", pontua.

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Cadeia de fornecedores

Bocayuva disse que agora a preocupação é com a cadeia de abastecimento. Segundo ele, a empresa está verificando com os fornecedores sobre quais perdas tiveram na estrutura e se terão alguma dificuldade de produção e de fornecimento quando as fábricas da Usaflex retornarem às atividades. "Estamos tentando entender este impacto nos fornecedores com um olhar para o futuro", destaca.

De acordo com o gestor, em relação ao couro, principal matéria-prima da calçadista, a empresa tem estoque para seis meses. "Então, isso não tem uma implicação direta para nós visto que muitos curtumes foram prejudicados", completa.

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