Chuvas no RS: Usaflex retoma expediente nesta quarta
A fabricante de calçados Usaflex (Igrejinha/RS) retoma as operações nesta quarta-feira (8). A empresa, que não teve a estrutura física afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, regressa com atividades presenciais nas áreas administrativa, suporte, entre outros setores sem férias coletivas programadas.
Em entrevista ao Exclusivo, o CEO da Usaflex, Sergio Bocayuva, conta que a calçadista acabou não sendo afetada estruturalmente pelas enchentes. “Não tivemos nenhuma perda patrimonial”, frisa. Ao mesmo tempo, Bocayuva explica a paralisação por 15 dias em decorrência das chuvas. “Como haveria paralisação das aulas e cerca de 70% do nosso de colaboradores são mulheres, entendemos que caberia paralisar as atividades por 15 dias”, observa.
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O gestor acrescenta que a calçadista já havia programado, anteriormente, uma pequena pausa devido a questões estratégicas de faturamento relacionado ao Dia das Mães e, também, gerenciamento de estoque.
Colaboradores da Usaflex
De acordo com Bocayuva, 90% dos 1,4 mil colaboradores da Usaflex acabaram afetados direta ou indiretamente pelas enchentes. “A única preocupação que tivemos foi de liberar os colaboradores. Isso vai trazer algum custo adicional para a companhia, que nem quantifiquei e nem estou preocupado com isso. A questão social sempre foi um pilar meu, que é a preocupação com gente”.
Por outro lado, o gestor considera que a paralisação causará perda de produção. “Mas, de alguma forma vamos compensar isso no futuro”, comenta.
Ações emergenciais
Em decorrência das enchentes e para auxiliar seus colaboradores, a Usaflex antecipou salários, 13º salário e férias. Ao mesmo tempo, fez uma pesquisa para entender quais perdas os funcionários tiveram com a catástrofe climática. “Para ver em quanto mais poderíamos auxiliá-los direta ou indiretamente”, reforça Bocayuva.
Abastecimento entre fábricas
Duas das quatro cidades em que a Usaflex tem fábricas não foram tão atingidas pelas enchentes. Do mesmo modo, o executivo esclarece que as unidades atuam de forma coordenada. Neste sentido, ele comenta que a decisão em paralisar a produção por 15 dias foi uniforme em todas as plantas produtivas.
“Fábricas de uma cidade são abastecidas pelas de outras cidades. Então, não adianta uma funcionar e outra não. Este abastecimento entre fábricas garante um casamento muito grande de produção”, pontua.
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Cadeia de fornecedores
Bocayuva disse que agora a preocupação é com a cadeia de abastecimento. Segundo ele, a empresa está verificando com os fornecedores sobre quais perdas tiveram na estrutura e se terão alguma dificuldade de produção e de fornecimento quando as fábricas da Usaflex retornarem às atividades. “Estamos tentando entender este impacto nos fornecedores com um olhar para o futuro”, destaca.
De acordo com o gestor, em relação ao couro, principal matéria-prima da calçadista, a empresa tem estoque para seis meses. “Então, isso não tem uma implicação direta para nós visto que muitos curtumes foram prejudicados”, completa.
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