Chuvas no RS provocam reflexos no setor calçadista em Igrejinha
As chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul desde sábado (27 de abril), causando dezenas de mortes e de pessoas desaparecidas, também provocam reflexos no setor calçadista. No polo de Igrejinha, o Rio Paranhana transbordou atingindo fábricas. “É uma catástrofe de magnitude histórica para nós”, comenta o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Igrejinha (Sindigrejinha), Vinícius Mossmann, em entrevista ao Exclusivo.
O dirigente explica que, mesmo diante dos reflexos no setor calçadista, ainda não é possível dimensionar os prejuízos ocasionados pelas chuvas. “Até porque ainda temos alguns dias pela frente em que se prevê muita chuva intensa”, frisa. Mossmann acrescenta que todas as empresas próximas ao Rio Paranhana e em ruas paralelas foram atingidas em Igrejinha. “Em alguns casos houve até desabamento de muros tamanha a correnteza da água”, comenta.
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Mossmann é proprietário da Evaformula – empresa que fabrica EVA e componentes para calçados em EVA –, localizada no Centro de Igrejinha, que também foi afetada pela chuva. Imagens de câmeras de segurança mostram, até as 8 horas desta quinta-feira (2), quando a energia elétrica foi cortada na fábrica, a água atingindo a área produtiva.
Reflexos no setor calçadista
O presidente do Sindigrejinha conta que as empresas ligadas ao setor calçadista em Igrejinha “ainda não haviam passado por uma situação dessas”. “É realmente uma catástrofe de magnitude histórica para nós, inédita. Nunca tínhamos enfrentado uma condição climática tão adversa quanto essa”, observa Mossmann.
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Mesmo ainda não podendo contabilizar os prejuízos, o dirigente se mostra otimista quanto a recuperação das empresas do setor. “Com o apoio da comunidade, do poder público, com muito trabalho, certamente vamos conseguir superar mais esta situação”, comenta.
Por isso, todas as empresas do setor calçadista em Igrejinha suspenderam as atividades nesta quinta e sexta-feira.
Maior parte das empresas atingidas
A executiva do Sindigrejinha, Jaqueline Ramos, conta que, por conta da chuva, não conseguiu chegar na sede do sindicato e que a situação no polo calçadista de Igrejinha é “crítica”. “Não temos noção da dimensão do problema. É triste. A maioria das fábricas da cidade foram atingidas. Ninguém vai trabalhar hoje e amanhã nas empresas”.
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