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Catástrofe no RS: calçadistas solicitam auxílio a Alckmin

Calçadistas entregaram ofício ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin

Catástrofe no RS: calçadistas solicitam auxílio a Alckmin

Calçadistas do Vale do Paranhana, que acabaram sendo atingidos pela catástrofe climática no Rio Grande do Sul, pediram apoio ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Um ofício de quatro páginas, demonstrando os prejuízos e solicitando medidas de auxílio (fiscais e creditícias), foi entregue em mãos pelo deputado estadual Joel Wilhelm (PP) a Alckmin nesta segunda-feira (27), quando ele esteve cumprindo agenda em Caxias do Sul/RS.

Calçadistas entregaram ofício ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin
Reprodução/Instagram @joel_wilhelm Calçadistas entregaram ofício ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin

“O ofício foi elaborado com o auxílio do advogado trabalhista, Valmor Biason, já com as especificações técnicas do nosso pleito, de forma prática e objetiva, visando dar agilidade a solicitação”, explica ao Exclusivo o executivo comercial do Sindicato das Indústrias de Calçados, Componentes para Calçados de Três Coroas (SICTC), Juliano Mapelli.

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Ao mesmo tempo, no ofício entregue ao vice-presidente da República, o SICTC e o Sindicato da Indústria de Calçados, Componentes para Calçados e Vestuário de Igrejinha (Sindigrejinha), estimam que o prejuízo nas indústrias de calçados e componentes de Três Coroas/RS e Igrejinha/RS ultrapasse os R$ 160 milhões, impactando mais de 13 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com as entidades, a cadeia produtiva do calçado representa 80% da matriz econômica das duas cidades do Paranhana.

Demandas dos calçadistas

Os calçadistas reforçam no documento a necessidade imediata de capital de giro. Sobretudo, os empresários apontam que as perdas de estoques de matéria-prima, maquinário e danos estruturais chegam a R$ 135 milhões.

Além disso, as principais demandas dos calçadistas incluem recursos a fundo perdido e linhas de crédito para capital de giro imediato. Todos com carência mínima de dois anos e juros subsidiados pelo governo, ou ainda com juros zero.

Medidas fiscais

Suspender o pagamento dos tributos federais mais significativos (Simples, Pis/Cofins, IRPJ/CSLL,
INSS) até 31 de janeiro de 2025 e criar um parcelamento especial, com parcelas corrigidas pela Selic, a partir de fevereiro de 2025;

Desobrigar o estorno de Pis/Cofins das baixas de estoques perdidos por inundação;

Criar suspensão da incidência de Pis/Cofins/IPI nas vendas para empresas afetadas pelas enchentes, até 31 de dezembro de 2024.

Medidas creditícias

Criação de uma linha de crédito para capital de giro e investimento, com prazo, carência e juros, customizáveis. Todos de acordo com as perdas sofridas e com a estrutura patrimonial da empresa;

Criação de um seguro de crédito nos moldes do Pronampe (FGO/FGI).

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