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Brasil aumenta exportação de couro para a China

Brasil aumenta exportação de couro para a China

A China seguiu, em janeiro, como principal mercado internacional para o couro brasileiro – responde por 47% do volume e por 37,3% do valor das exportações no mês. No período, foram embarcados ao país asiático 6,8 milhões de metros quadrados, que geraram US$ 36,9 milhões, altas de 44% em área e de 23,8% em valor na relação com o mesmo mês de 2022. As informações foram apresentadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria e Comércio Exterior e analisadas pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

“Janeiro mostra crescimento expressivo das exportações para a China, o que pode trazer um horizonte positivo para o ano”, frisa o presidente-executivo do CICB, José Fernando Bello.

Em janeiro, o Brasil exportou 14,5 milhões de metros quadrados de couro, que geraram US$ 99,1 milhões, o que corresponde a altas de 32,6% em volume e de 19,1% em valor no comparativo ao mês anterior (dezembro/2022). Em relação ao mesmo mês do ano passado, corresponde a incremento de 19,9% na metragem e redução de 2,5% no faturamento.

“O que mostra recuperação das vendas ao mercado externo, que começamos a ver no fim de 2022. É o segundo mês consecutivo de crescimento em relação ao mês anterior. No entanto, o valor ainda é inferior ao período equivalente do ano passado”, avalia Bello.

A guerra na Ucrânia segue impactando na indústria mundial do couro. “Completa-se um ano dos conflitos geopolíticos intensos na Europa, um de nossos principais mercados, responsável por 30% das nossas exportações anuais. Não há dúvidas da questão influenciar o setor de couros em todo o mundo, o que não é diferente no Brasil”, aponta Bello.

Rio Grande do Sul

Em janeiro, o Rio Grande do Sul exportou 2,9 milhões de metros quadrados de couro, que somaram US$ 22 milhões, quedas de 16,3% em área e de 25,3% em valor no comparativo ao mesmo mês de 2022. O Estado segue como o principal exportador do País, respondendo por 20,1% do volume e por 22,2% do valor das exportações coureiras brasileiras.

“A boa notícia para o setor coureiro fica por conta do continuado incremento na exportação de calçados de couro pela indústria calçadista nacional, o que garante o consumo de parcela significativa da produção dos curtumes gaúchos”, aponta o presidente-executivo da Associação das Industrias de Curtume do Rio Grande do Sul(AICSul), Moacir Berger.

Manutenção dos negócios

Em janeiro, o Cortume Krumenauer (Portão/RS) trabalhou na manutenção dos negócios no mercado externo. “No primeiro mês do ano estivemos dentro dos níveis de negócios dos anos anteriores. Janeiro e fevereiro são normalmente os meses mais fracos do ano, com muito desenvolvimento de produto e participação em feiras, de onde teremos uma ideia melhor nos rumos dos negócios em 2023”, aponta o diretor comercial da empresa, Joel Krummenauer.

O executivo acredita que ainda haverá restrições nos volumes de negócios por conta dos problemas da economia mundial. “Esperamos que, com a abertura do mercado chinês, tenhamos melhora no mercado brasileiro a partir dos meses de março e abril”, observa.

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