Beira Rio retoma operação em fábrica atingida por enchente

As operações na filial 12 da Calçados Beira Rio S.A. (Novo Hamburgo/RS), em Roca Sales/RS, no Vale do Taquari, foram retomadas nesta terça-feira (21). A informação é do presidente da empresa, Roberto Argenta, em entrevista ao Exclusivo, na abertura da 2ª edição da feira calçadista BFSHOW, em São Paulo/SP. A fábrica da calçadista foi atingida pela terceira enchente em um período de oito meses.

A calçadista retomou nesta terça as atividades na área de corte. De acordo com Argenta, a previsão é de que a fábrica esteja em pleno funcionamento em até 60 dias. "A gente depende muito do mercado, da venda. Mas, acreditamos que teremos um bom segundo semestre", frisa.

Segundo o empresário, a retomada total das operações em Roca Sales depende também da logística para recebimento de matéria-prima e escoamento do produto final. "Dependemos muito da condição das estradas. Na filial 12, o maior problema é a queda da ponte em Arroio Meio/RS (na rodovia RS-130)", aponta.

Fábricas da Beira Rio com operação normal

Além disso, Argenta também informou que as demais fábricas da Calçados Beira Rio, todas localizadas no Rio Grande do Sul, estão operando normalmente. "Todas as fábricas estão produzindo", pontua.

Contando com a filial 12 de Roca Sales, a empresa tem 11 unidades fabris.

Carta e mensagem solidária ao Rio Grande do Sul

Anteriormente, diante da catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul, o empresário chegou a divulgar uma carta manifestando sua solidariedade ao povo gaúcho. Nesta terça, ele também deixou uma mensagem para recomeçar:

"Sobretudo, é importante não desistir. As dificuldades se apresentam, mas a gente tem condições de superá-las. Depende muito da gente, do espírito de força, de união. Enfim, a capacidade de retomar, tenho convicção absoluta que quem quiser vai retomar, apesar das dificuldades. Acredito que as precisam: trabalho, persistência e acreditar no seu potencial."

Calçadistas atingidos por catástrofe climática no RS pedem ajuda

No vale do Paranhana, setor calçadista estima um prejuízo da ordem de R$ 160 milhões com as enchentes provocadas pela catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul.