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Atividade da indústria gaúcha volta a crescer; setor calçadista ajuda a puxar alta

Atividade da indústria gaúcha volta a crescer; setor calçadista ajuda a puxar alta

O nível da atividade da indústria do Rio Grande do Sul voltou a crescer em maio, 2%, na comparação ajustada sazonalmente com abril. É o que mostra o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado na segunda-feira, 10, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). No acmulado do ano, com crescimento de 2,7%, Couros e calçados estiveram entre os setores que impactaram positivamente no IDI-RS.

Segundo a Fiergs, “mesmo com alta da atividade, os indicadores não mostram mudança relevante na trajetória recente da indústria gaúcha, que continua oscilante com clara tendência negativa desde o final do ano passado”.

O índice não aumentava desde novembro de 2022. Esta é a segunda alta desde agosto do ano passado, período que acumula uma queda de 7,2%. Apesar disso, a atividade está, na pesquisa de maio, 7,5% acima do nível anterior ao da pandemia, em fevereiro de 2020.

Fatores que restringem a atividade industrial

Segundo o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, a incerteza econômica, a taxa de juros elevada e os baixos níveis da demanda e da confiança empresarial são os principais fatores que atualmente restringem a atividade industrial gaúcha, cuja expansão na passagem de abril para maio foi puxada, principalmente, pelo faturamento real, elevação de 3,5%, e pelas compras industriais, 3,7%. Também avançaram a massa salarial real (0,5%) e a utilização da capacidade instalada-UCI, mais 0,5 ponto percentual: atingiu 78,5% no mês. Por outro lado, o emprego ficou estável (-0,1%), enquanto as horas trabalhadas na produção caíram 0,5%, com ajuste sazonal.

Perspectivas

Com a tendência de o atual cenário não melhorar substancialmente nos próximos meses, não há perspectiva de uma retomada consistente do setor no curto prazo, destaca Petry. Porém, segundo o dirigente, com a redução da inflação, a perspectiva de queda dos juros, a menor incerteza com relação ao arcabouço fiscal e a aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, o mais provável é uma recuperação lenta e gradual, em linha com o dinamismo previsto para a economia brasileira.

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