Negócios

Arezzo demite funcionários em fábrica no Rio Grande do Sul

Empresa não confirma números de demitidos, mas estimativa é de que desligamentos superem os 250

Publicado em: 05/04/2023 16:02
Última atualização: 09/09/2024 16:04

A Arezzo&Co (Belo Horizonte/MG), uma das principais empresas brasileiras da indústria e do varejo de calçados, demitiu nesta segunda-feira, 4, funcionários que atuavam em uma fábrica em Campo Bom/RS, no Vale do Sinos.

Os desligamentos ocorreram em diversas áreas da unidade em que são produzidos calçados para marcas como Schutz, Alexandre Birman e Fiever. A empresa não confirma o número de trabalhadores demitidos, mas a estimativa é de que os desligamentos superem os 250.

Ao Exclusivo, a Arezzo&Co informa que as demissões ocorreram por uma readequação, em especial uma reorganização da linha de produção da fábrica, com a montagem de um novo layout para a planta produtiva. "Os desligamentos realizados no dia 4 de abril aconteceram em função de readequação pontual de algumas áreas de apoio ao negócio", diz a companhia em nota. No informe, a empresa reiterou ainda que não existe mudança em suas operações e que elas seguem em expansão.

No dia 9 de março, a Arezzo&Co reportou queda de 7,1% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre de 2022 contra igual período de 2021. Entre outubro e dezembro do ano passado, a companhia somou lucro líquido do exercício – menos os valores destinados às reservas legais e para imprevistos do ano seguinte, somada à reserva de contingência não usada no período – de R$ 102,7 milhões.

ExclusivoGrupo Editorial Sinos

"Empresa está bem, com muito pedido"

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados de Campo Bom confirmou ao Exclusivo que foi notificado pela empresa das demissões. "A Arezzo&Co nos informou que está produzindo, que estão bem, com muito pedido. Nos sinalizaram da possibilidade de voltaram a contratar daqui uns dois meses, principalmente trabalhadores para linhas de produção", informa o secretário de imprensa da entidade sindical, Júlio Lopes.

Lopes esclarece que, desde 2017, com a reforma trabalhista, as empresas ficaram desobrigadas a fazer a rescisória no sindicato. "A Arezzo&Co sempre cumpriu com suas obrigações trabalhistas, pagando rescisões de forma integral, sem parcelamentos. Mas, nos colocamos à disposição dos trabalhadores para fazer cálculos, conferência da rescisória e, se algum destes demitidos, optar por entrar com processo trabalhista, o nosso jurídico está à disposição para auxiliá-los", sinaliza o secretário de imprensa da entidade sindical.

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