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Fimec tem área comercializada 30% maior

Fimec tem área comercializada 30% maior

Comumente se diz que a cada Fimec – Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes – ela é “a maior de todos os tempos”. De fato, a 46ª edição, que começa nesta terça-feira, 7 de março, na Fenac, em Novo Hamburgo/RS, é 30% maior em área comercializada que a mostra de 2022. Segundo o diretor-presidente da Fenac, Márcio Jung, o incremento se dá, especialmente, pelo movimento de retorno de empresas ao hall de expositores.

Em se tratando de expositores são 350 oriundos de cinco países. Ao todo, são 55 empresas estrangeiras expositoras. Assim como a área comercializada, nesta edição, o mix de exposição também é maior. “A Fimec é a vitrine para atender o setor calçadista. Em termos de diversificação da feira é preciso considerar que o próprio mercado abre estas condições”, frisa Jung.

Em três dias, a Fimec projeta superar a visitação de 20 mil profissionais de 40 países, incluindo o Brasil. “A Fimec é uma feira reconhecida mundialmente, que tem tudo para o desenvolvimento e a produção de um calçado. Nos últimos anos tivemos muitos tropeços econômicos e pandêmicos, mas agora tudo está se restabelecendo e o Brasil volta a mostrar sua força como player fornecedor da indústria calçadista global. Durante a feira, Novo Hamburgo, a Capital Nacional do Calçado, passa a ser a Capital Mundial do Calçado”, afirma o dirigente.

ENTREVISTA: MÁRCIO JUNG, DIRETOR-PRESIDENTE DA FENAC

Para esta Fimec, como a Fenac chega hoje em termos de infraestrutura desde que você
assumiu como diretor-presidente da autarquia em 2017?
Márcio Jung: Olhamos de maneira muito ampla a situação da Fenac para poder fazer uma grande Fimec. A primeira coisa que fizemos nestes últimos foi admitir que os nossos pavilhões careciam de uma série de melhorias, que eles não davam condições para que pudéssemos oferecer uma feira melhor em termos estruturais. Trabalhamos fortemente em situações básicas: climatização, telhado – era um prédio que tinha diversas goteiras –, sanitários, construção do receptivo – um salão de 1,2 mil metros quadrados, oferecendo uma recepção confortável aos visitantes, bem diferente da recepção antiga de 300 metros quadrados e que formava filas no cadastramento –, melhoria da locomoção com escada rolante, pintura e colocação de cancelas automáticas no estacionamento – para evitar a formação de filas na entrada da feira. Também melhoramos nossos sistemas para que tenhamos um credenciamento mais rápido. Estas melhorias foram implementadas a partir das nossas feiras, mas também indo ver outras mostras, buscando exemplos de como poderíamos melhorar. O primeiro passo para o nosso aperfeiçoamento foi admitir que não estávamos bem.

“A perspectiva é muito grande porque trabalhamos para estar neste nível.”

Notamos que a Fimec, cada vez mais, vem diversificado o seu hall de expositores. Como promotores do evento de que forma vocês têm trabalhado o mix de exposição?
O mercado busca isso. Se formos ver, há cinco anos não se tinha máquinas de knit, por exemplo. Hoje, devemos ter uns cinco expositores que trabalham com isso. Outro exemplo são empresas de estamparia de tecidos, porque o mercado caminhou muito para produtos como lona e outros tecidos, especialmente utilizados na produção de tênis. Então, naturalmente se busca estes itens. Visitamos feiras do setor têxtil, para prospectar possíveis expositores que trabalham ou que tem interesse em atuar no setor calçadista, e apresentamos para eles uma feira (Fimec), que é a vitrine para atender o setor calçadista. Em termos de diversificação da Fimec é preciso considerar que o próprio mercado abre estas condições.

“A Fimec está em um ambiente propício para termos um evento de excelência em todos os aspectos: expositores, visitação e negócios.”

A participação de visitantes da Venezuela na Fimec é fruto do trabalho de prospecção
que vocês fizeram recentemente na feira IFLS + EICI na Colômbia? E o mercado venezuelano é uma opção em potencial para o Brasil?
A Venezuela está saindo para compras com Colômbia. O comércio com países do norte da América está posto. Em nosso estande na IFLS, em Bogotá, recebemos diversos profissionais da Venezuela, com intenção de participar da Fimec, e nós estávamos lá para incentivar que eles viessem. A Venezuela é um país que está se abastecendo exclusivamente da China, porque não tem abertura. E, provavelmente agora o Brasil vai ser fornecedor deles. Falando de maneira comercial é excelente, independente de qualquer coisa.

Ao que você atribui o aumento de 30% da área comercializada da Fimec em relação à
edição do ano passado?
A feira comercializada está dentro de 10 mil metros quadrados. Este aumento está basicamente atrelado ao retorno de expositores que haviam deixado de participar da feira.

“A Fimec se configura como a vitrine para atender o setor calçadista.”

Sobre a perspectiva para a 46ª Fimec, o que você projeta para a feira? Em qual cenário político-econômico que o evento ocorre e quais as influências?
A perspectiva é muito grande porque temos trabalhado para estar neste ponto. Estou num nível de tranquilidade que chega a assustar, pois normalmente nesta época do ano eu não estaria desta forma. Temos muita influência ainda do governo. A gente não vê, de novo, algo de como será gerida a política econômica do País, não há nem indícios. Enquanto se tem uma ação que se esperava, tem outra que não se esperava. Então, não posso falar que a economia será favorável ou desfavorável. O governo nunca nos ajudou. Ele atrapalha quando indexa dólar, quando se mete demais na economia. Em suma, temos todos os ingredientes para uma ótima feira: muitos visitantes, expositores diversificados. Enfim, um ambiente propício para um evento de excelência.

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