Ampliação de exportações teria impacto de R$ 376 bi sobre a economia

24.11.2020 - Redação Jornal Exclusivo

Uma elevação na participação do Brasil no comércio mundial de produtos industrializados, dos atuais 0,6% para 0,8%, representará uma alta de US$ 21 bilhões por ano nas exportações brasileiras e um impacto de R$ 376 bilhões na economia do País, considerando os impactos diretos, os indiretos e os sobre a renda. Também contribuirá para a sustentação de mais de 3,07 milhões de empregos ao longo da cadeia de produção desses bens.

A projeção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), considera o cenário em que o Brasil voltaria ao pico da participação mundial na exportação de manufaturados nas últimas duas décadas, de 0,8%, entre 2005 e 2008. Com isso, a venda desses bens passaria de US$ 82,2 bilhões por ano para US$ 105,3 bilhões por ano, uma alta de 28,1%.

Dados compilados pela CNI, com base nas informações do IBGE, mostram que cada US$ 1 bilhão exportado/ano tem um impacto de R$ 4,4 bilhões sobre a economia brasileira (direto, indireto e sobre a renda) e contribui para a sustentação de 36.004 empregos.

Comércio mundial

O Brasil ampliou sua participação no comércio mundial ao longo das últimas duas décadas – de 0,9% para 1,2% das exportações mundiais –, mas a fatia nas exportações de produtos industrializados diminuiu, sobretudo desde 2008, período no qual a parcela caiu de 0,8% para 0,6% do total.

O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, afirma que, em um mercado cada vez mais competitivo, essa redução nas exportações indica, de um lado, a guinada que o Brasil precisa dar para ampliar sua inserção no mercado mundial. De outro, o quanto esse movimento pode contribuir para a retomada da economia brasileira no pós-pandemia.

“O Brasil precisa desenvolver uma política comercial completa, com uma abertura comercial que seja combinada com o aumento da competitividade de nossos bens e serviços no exterior. A peça-chave dessa agenda de competitividade é a reforma tributária. Sem ela, não há como o país disputar os mercados de igual para igual com as principais economias desenvolvidas e emergentes”, afirma o diretor.

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