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Volume maior e valor menor nas exportações de couro

Volume maior e valor menor nas exportações de couro

As exportações brasileiras de couro em setembro registraram incremento no volume e na área e queda no valor em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram vendidos 13,5 milhões de metros quadrados e 36,5 mil toneladas, que significaram, respectivamente, crescimento de 3,8% e 1,9% sobre igual período de 2022. Em valor, as vendas somam US$ 91,6 milhões, 14,3% menos do que no mesmo mês do ano passado (acumulado de 2023 chega a US$ 840,6 milhões, um decréscimo de 12,9% sobre 2022). Estes são os dados mais recentes divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e analisados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

Rogério Cunha, da Inteligência Comercial do CICB, observa que os dados “compartilham o momento de baixa” nos preços mundiais do couro. “É um fenômeno observado no mundo inteiro e integra os períodos sazonais da indústria curtidora, que é bastante influenciada pelos movimentos econômicos e políticos em países-chave, como China e Estados Unidos, e em todo o continente europeu”, comenta. Segundo ele, são resultados negativos em valores que trazem dificuldades ao mercado”, mesmo com os números em alta para metros e toneladas. Como recorte positivo, Cunha destaca a Ásia no panorama atual. “A Coreia do Sul (5º principal destino em 2023) teve crescimento em valores de 116,4% no ano, e os chineses (sem Hong Kong), cresceram em valores 6,6%, mostrando como a volta gradual das atividades regulares no país após a pandemia tem sido positiva e contínua para a economia local”, cita.

Principais mercados

A China seguiu como o principal destino do couro brasileiro no acumulado de janeiro a setembro de 2023. No período, os chineses importaram 45,3 milhões de metros quadrados e 139,5 mil toneladas, que geraram US$ 235,4 milhões. Na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, o resultado corresponde a incrementos de 35,6% em área, 48,1% em peso e
6,6% em valor.

Na segunda posição entre os principais mercados internacionais do couro brasileiro estão os Estados Unidos, que importaram 10,5 milhões de metros quadrados e 9,2 mil toneladas, que somaram US$ 139 milhões, representando quedas de 11,8% em área, 10,2% em peso e 23,6% em valor em relação a igual período de 2022.

Rio Grande do Sul segue líder

No acumulado de janeiro a setembro de 2023, o Rio Grande do Sul se manteve na liderança entre os estados brasileiros exportadores de couros e peles. Nos nove meses do ano, os gaúchos comercializaram 27,5 milhões de metros quadrados e 61,2 mil toneladas, que geraram US$ 221 milhões. Na comparação com igual período de 2022, o resultado corresponde a quedas de 17,2% em valor e 0,5% em área e alta de 17,1% em peso.

Na sequência aparece o Paraná, que exportou 27 milhões de metros quadrados e 75,1 mil toneladas, gerando US$ 168,9 milhões, correspondendo a alta de 11% em valor, 38% em área e 46,6% em peso em relação ao mesmo período do ano passado.

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