Comércio

Inadimplência atinge mais de 40% da população adulta do Brasil

Cerca de 41,25% da população brasileira estava inadimplente em julho.

Publicado em: 15/08/2024 15:59
Última atualização: 15/08/2024 15:59

A inadimplência atinge 41,25% da população adulta do Brasil, ou seja, 67,98 milhões de consumidores. O número é referente ao indicador de julho de 2024 da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Do mesmo modo, na comparação com o mesmo do ano passado, o percentual de inadimplentes teve crescimento de 0,38%.

Inadimplência: quatro em cada dez brasileiros estão negativados.

A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em julho deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior.

Em julho, Brasil tinha 67 milhões de inadimplentes

“Apesar dos números macroeconômicos apresentarem resultados positivos na economia doméstica, a incerteza com o cumprimento da meta fiscal e os indicadores ruins da econômica americana pressionam as taxas de juros brasileira", frisa o presidente da CNDL, José César da Costa. Ao mesmo tempo, segundo ele, com a reversão das expectativas da taxa de juros e a sinalização do Banco Central de uma possível alta da Selic, a "expectativa é de que o número de inadimplentes se mantenha alto e o acesso ao crédito diminua".

O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (9,65%).

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Faixa etária da população

O número de devedores com participação mais expressiva em julho está na faixa etária da população de 30 a 39 anos (23,67%). De acordo com a estimativa, são 16,77 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,31%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados.

Em julho, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.358,95 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,10 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

O número de dívidas em atraso em julho teve crescimento de 2,25% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado no mês sete deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Ainda assim, na passagem de junho para julho, o número de dívidas apresentou recuo de ‐0,57%.

Dívidas por setor da economia

Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 5,76%. Por outro lado, as dívidas com o setor credor de Água e Luz (‐13,98%), Comunicação (‐5,35%) e Comércio (‐3,66%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,82% do total. Além disso, na sequência, aparece Comércio (10,76%), o setor de Água e Luz com 10,30% e Outros com 7,81% do total de dívidas.

Região

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (4,92%), seguida pelo Nordeste (2,64%), Norte (2,59%) e Sudeste (0,40%). Entretanto, o Sul (‐1,35%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.

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