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Inadimplência atinge mais de 40% da população adulta do Brasil

Em julho, Brasil tinha 67 milhões de inadimplentes

Inadimplência atinge mais de 40% da população adulta do Brasil

A inadimplência atinge 41,25% da população adulta do Brasil, ou seja, 67,98 milhões de consumidores. O número é referente ao indicador de julho de 2024 da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Do mesmo modo, na comparação com o mesmo do ano passado, o percentual de inadimplentes teve crescimento de 0,38%.

Inadimplência: quatro em cada dez brasileiros estão negativados.

A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em julho deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior.

Em julho, Brasil tinha 67 milhões de inadimplentes
Marcello Casal Jr/Agência Brasil Em julho, Brasil tinha 67 milhões de inadimplentes

“Apesar dos números macroeconômicos apresentarem resultados positivos na economia doméstica, a incerteza com o cumprimento da meta fiscal e os indicadores ruins da econômica americana pressionam as taxas de juros brasileira”, frisa o presidente da CNDL, José César da Costa. Ao mesmo tempo, segundo ele, com a reversão das expectativas da taxa de juros e a sinalização do Banco Central de uma possível alta da Selic, a “expectativa é de que o número de inadimplentes se mantenha alto e o acesso ao crédito diminua”.

O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (9,65%).

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Faixa etária da população

O número de devedores com participação mais expressiva em julho está na faixa etária da população de 30 a 39 anos (23,67%). De acordo com a estimativa, são 16,77 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,31%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados.

Em julho, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.358,95 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,10 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

O número de dívidas em atraso em julho teve crescimento de 2,25% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado no mês sete deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Ainda assim, na passagem de junho para julho, o número de dívidas apresentou recuo de ‐0,57%.

Dívidas por setor da economia

Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 5,76%. Por outro lado, as dívidas com o setor credor de Água e Luz (‐13,98%), Comunicação (‐5,35%) e Comércio (‐3,66%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,82% do total. Além disso, na sequência, aparece Comércio (10,76%), o setor de Água e Luz com 10,30% e Outros com 7,81% do total de dívidas.

Região

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (4,92%), seguida pelo Nordeste (2,64%), Norte (2,59%) e Sudeste (0,40%). Entretanto, o Sul (‐1,35%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.

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