Comércio

Dívida da Centauro chega a R$ 715 milhões; há risco para os clientes?

Em janeiro, a varejista de artigos esportivos fechou dez lojas no País

Publicado em: 21/03/2023 14:58
Última atualização: 10/09/2024 15:16

No acumulado de 2022, a dívida do Grupo SBF (São Paulo/SP), dono da varejista de artigos esportivos Centauro e da Fisia – gestora da Nike no mercado brasileiro –, cresceu 160,6%, totalizando R$ 715 milhões. No quarto trimestre do ano passado, a companhia registrou uma queda de 51,2% do lucro em comparação com o mesmo período de 2021. As ações da empresa vêm sofrendo desvalorização de 60% nos últimos 12 meses, e de 30% neste ano.

O Grupo SBF atribui os resultados à desaceleração das vendas e aos juros elevados. Segundo a companhia, a queda no lucro se dá pelo aumento das despesas operacionais e financeiras e por uma base de comparação no imposto de renda de 2021, que foi beneficiada pelo reconhecimento de R$ 185,9 milhões que se encontravam fora do balanço.

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Fechamento de lojas

Em janeiro, a Centauro fechou dez lojas físicas. Conforme a empresa, o objetivo foi reduzir as despesas e elevar seu lucro em um contexto de desaceleração da economia e alta nos juros.

"A Centauro confirma que fechou, em janeiro, as suas lojas no Bourbon Country e Bourbon Wallig em Porto Alegre/RS, assim como outras oito lojas no Brasil no período. Essas lojas tinham um modelo antigo e apresentavam um desempenho pós-pandemia subótimo (que se encontra abaixo de um nível ótimo ou que não apresenta a melhor qualidade possível)", diz o comunicado do Grupo SBF.

A companhia ainda afirmou que não há previsão de novos fechamentos por ora e que está revisando seu posicionamento. "Revisar a estratégia de posicionamento nas regiões onde está presente e a rentabilidade individual de cada loja é um movimento natural no varejo", informa a empresa em nota.

Vendas das marcas do grupo

Dentro das marcas do Grupo SBF, enquanto as vendas líquidas de Centauro avançaram 8,5% em 2022 na comparação anual, há destaque para a receita líquida da Nike, que cresceu 30% no mesmo período e totalizou R$ 969 milhões no último trimestre do ano passado, com forte desempenho do canal digital impulsionado pela Copa de Mundo e Black Friday.

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