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Desemprego tem a menor taxa em 12 anos

Indústria calçadista criou 7 mil empregos no primeiro semestre de 2024

Desemprego tem a menor taxa em 12 anos

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em julho, sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). O levantamento trouxe os números consolidados do desemprego no Brasil ao final do mês de junho. Em um semestre, indústria calçadista brasileira cria 7 mil empregos.

Indústria calçadista criou 7 mil empregos no primeiro semestre de 2024
Arquivo/GES Indústria calçadista criou 7 mil empregos no primeiro semestre de 2024

Os números confirmam a tendência favorável que se tem verificado no mercado de trabalho nos últimos anos. A taxa de desemprego recuou para 6,9% ao final do primeiro semestre de 2024. A menor para o período desde o início da série histórica iniciada em 2012. Do mesmo modo, o resultado representa uma queda de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023 e de 2,4% em relação a 2022.

A população desocupada totalizou 7,5 milhões de pessoas. Um significativo recuo de 12,8% (cerca de um milhão e cem mil trabalhadores a menos) na comparação com o mesmo período do ano passado.

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Já o total de pessoas ocupadas totalizou 101,8 milhões. Em suma, número recorde para a série histórica, com 2,9 milhões de pessoas ocupadas a mais do que no primeiro semestre de 2023.

A população desalentada (aqueles que desistiram, por alguma razão, de procurar uma ocupação) totalizou 3,25 milhões de pessoas. Queda expressiva de 11,5% (equivalente a 420 mil pessoas a menos) na comparação anual.

Empregados com carteira assinada

Outro número favorável foi o de empregados com carteira assinada no setor privado que passou para 38,4 milhões de trabalhadores, subindo 4,2% frente ao mesmo período do ano passado (1,6 milhão de pessoas a mais na comparação anual). Já o número de empregados no setor público (12,66 milhões de pessoas) cresceu 3,5% também na comparação anual.

Mais um dado que corrobora a tese de recuperação do mercado de trabalho, refere-se ao rendimento real mensal dos trabalhadores (R$ 3.214) que aumentou 1,8% frente ao trimestre anterior e significativos 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Informalidade

Todavia, a informalidade continua sendo uma característica do nosso mercado de trabalho. Nesse sentido, ela representa 41,8% da população ocupada (ou 42,6 milhões de trabalhadores), evidenciando a precarização ainda presente no mercado laboral brasileiro.

Um exemplo desta precarização se refere ao número de empregados sem carteira assinada no setor privado que atingiu o número de 13,8 milhões de pessoas ao final de junho de 2024 (cerca de 700 mil pessoas a mais do que no primeiro trimestre do ano).

Apesar da alta informalidade, fica claro que os números divulgados pela PNAD do IBGE são alvissareiros, tanto no que tange aos níveis de ocupação quanto na remuneração média dos trabalhadores.

Os dados indicam que, em consonância com o maior ritmo da atividade econômica, o mercado de trabalho brasileiro continua a surpreender positivamente. Além disso, consolida um cenário marcado por sucessivas desacelerações da taxa de desemprego. Sobretudo, nos últimos três anos o número de pessoas desocupadas caiu de 14,8 milhões, ao final do primeiro semestre de 2021, para os atuais 7,5 milhões.

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