Calçadistas investem em energias alternativas

04.01.2022 - Michel Pozzebon | Jornal Exclusivo

Foto: Grendene/Divulgação
Grendene instalou usina solar com 3,5 mil painéis na unidade produtiva de Sobral (CE)
Ao longo dos últimos anos, a indústria tem implementado iniciativas para promover a eficiência energética. Além de reduzir custos na produção, essas medidas contribuem para a conservação do meio ambiente pela redução das emissões de CO2 (dióxido de carbono), o principal causador do efeito estufa. Dentro deste contexto, fabricantes de calçados como a Grendene (Farroupilha/RS) e a Vulcabras (Parobé/RS) têm investido em energias alternativas como a solar e a eólica, respectivamente.

Em junho de 2018, a Grendene, com 11 fábricas e capacidade instalada para produzir 250 milhões de pares por ano, inaugurou em Sobral (CE) uma usina de geração de energia solar com capacidade instalada de 1,137 MWh (megawatt-hora) no pico. Foram instalados 3,5 mil painéis que geram em torno de 1.800 MW por ano e representam 10% da redução de emissões de gás carbônico da empresa. Ao todo, as mudanças nas plantas evitaram a emissão de aproximadamente 1.235 toneladas de CO2 por ano. "É uma energia renovável, sem emissão de carbono, pelo pilar ambiental. E pelo pilar econômico, é um custo operacional baixo, se o projeto é bem definido. Hoje ele significa entre 2,5% a 3% do consumo de energia da unidade de Sobral, composta por oito fábricas. É o consumo equivalente ao de uma cidade de 100 mil habitantes", explica o gerente de Desenvolvimento Sustentável da Grendene, Carlos André Carvalho.

Com essa e outras mudanças implementadas nos últimos cinco anos, a Grendene economizou 13% da energia consumida para fazer cada par de calçados. "O consumidor é outro. Ele enxerga o propósito da companhia de menor impacto ao meio ambiente e melhor impacto para as pessoas", frisa.

100% eólica

A partir deste ano, todas as unidades fabris da Vulcabras serão abastecidas com energia eólica. Localizadas em Itapetinga/BA e em Horizonte/CE, as fábricas serão supridas por um dos maiores complexos de energia eólica do mundo, o Rio do Vento, no Rio Grande do Norte. Operacionalizado pela Casa dos Ventos, o complexo terá uma capacidade instalada total de 1.038 MW.

O contrato de R$ 150 milhões prevê o fornecimento da totalidade do consumo da calçadista, equivalente à 7 MW médio, por um período mínimo de 13 anos. A empresa evita assim o lançamento anual de 15 mil toneladas de CO2, o equivalente ao plantio de 67 mil árvores. “É um momento histórico na jornada da Vulcabras, que tem como um de seus valores o pensar no amanhã”, salienta o CEO da companhia, Pedro Bartelle.

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