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Enquanto a proposta de prorrogação da desoneração da folha de pagamento do setor coureiro-calçadista segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, da Câmara dos Deputados, o tema ganhou mais defensores em Brasília/DF. Foi criada frente parlamentar composta por 194 deputados e seis senadores que defende que o benefício seja permanente e para todos os setores da economia.
Para o deputado federal Lucas Redecker (PSDB/RS), autor do pedido de prorrogação da medida para o setor coureiro-calçadista, o governo pretende colocar a desoneração da folha dentro da Reforma Tributária. “A Frente Parlamentar que trata como um todo, temos articulação, conversa com o governo, mas o ministro Paulo Guedes sugere colocar no âmbito da Reforma Tributária. Acho temerário isso, pode passar o ano e não aprovar a reforma e não teremos a folha desonerada para o ano que vem”, avalia o deputado gaúcho.
Para o presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello, os resultados da desoneração da folha e sua possível ampliação mostram o quanto a medida é positiva: “Uma reforma tributária convergente com a pauta da produção nacional tem potencial de trazer um bom horizonte ao País, especialmente neste momento de demanda crescente do mercado internacional, onde a facilitação para negócios e competitividade são atributos indispensáveis”, complementa Bello.
O presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, lembra que o foco do setor coureiro-calçadista é a prorrogação até dezembro de 2022: “É o que está na proposta do deputado Lucas Redecker e tem toda fundamentação, não precisa de fontes de receita e não tem por que não avançar. Mas esta frente de desoneração ampla também somos favoráveis. Quanto menos encargos sobre a folha de pagamento de qualquer setor, mais empregos e mais consumo, é um círculo virtuoso”, destaca Ferreira.
