Até outubro, exportações de componentes para calçados somam US$ 230 milhões

07.12.2021 - Michel Pozzebon | Jornal Exclusivo

Foto: Eduardo Defferrari/Divulgação
Killing já tem volumes de exportação fechados até o começo de 2022
As dificuldades de abastecimento e encarecimento do frete, especialmente para importações da Ásia, têm feito com que grandes players da América Latina busquem componentes para a produção de seus calçados no Brasil.Dados elaborados pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) apontam que, de janeiro a outubro deste ano, as exportações do setor geraram US$ 230,14 milhões, incrementos de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado e de 0,7% em relação a igual intervalo de 2019.

América Latina

O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, destaca que as exportações para países da América Latina vêm impulsionando os dados gerais. "Dos dez principais destinos, sete são da América Latina. A alta das importações desses países também é maior, na faixa de 44% em relação ao mesmo período do ano passado", avalia, ressaltando que existe um problema generalizado de falta de matéria-prima na América Latina e uma disparada dos preços dos contêineres para importação da Ásia.

Os principais destinos dos componentes brasileiros para a fabricação de calçados - cabedais, laminados sintéticos, matrizes, solados, palmilhas, produtos químicos, etc - são China (US$ 70,9 milhões, incremento de 9,8% em relação a 2020), Argentina (US$ 36,3 milhões, aumento de 40%), México (US$ 9,57 milhões, crescimento de 31,6%) e Paraguai (US$ 9,55 milhões, incremento de 43%).

Níveis pré-pandemia

Até outubro, o desempenho da Killing (Novo Hamburgo/RS) no mercado externo atingiu patamares de prépandemia. A companhia de tintas e adesivos, inclusive, já tem volumes fechados até o começo de 2022. “Estamos entusiasmados com o aumento de nossa presença na América Latina, resultado de um trabalho comercial e técnico consistente”, aponta o gerente de exportação da empresa, Marcio Lino de Souza.

Para o mercado calçadista, a Killing exporta principalmente adesivos à base de solvente, base água e hot melts. Além de primers, catalisadores e solventes. Ainda, adesivos para os segmentos de colchões e estofados; tintas imobiliárias e tintas industriais. Entre os principais mercados internacionais estão Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Guatemala.

Por meio da marca Kisafix, a Killing é uma das líderes no fornecimento de filmes e adesivos para a indústria calçadista na América Latina.

Em relação a 2022, projeta estabilidade nos negócios no mercado externo. “Acreditamos que o próximo ano deverá ser de equilíbrio, com menos oscilações”, observa Souza.

Inspiramais

Compradores da América Latina virão ao Brasil para participar do Inspiramais, salão de lançamentos de insumos para a cadeia calçadista e de moda que ocorre em 25 e 26 de janeiro de 2022, em Porto Alegre/RS. Serão mais de 50 importadores, que estarão no evento por meio do Projeto Comprador, realizado pela Assintecal em parceria com a Apex-Brasil.

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