Conexão Exporta Brasil promove sua primeira live; veja como foi

29.10.2020 - Michel Pozzebon

Foto: Michel Pozzebon/GES-Especial
Gonçalves, Berz, Luana e Griebeler em vídeo ao vivo
A relevância da exportação para o setor calçadista; estruturas organizacionais para exportação; o atual cenário econômico e estratégias para a competitividade. Estes foram alguns dos temas debatidos nesta quinta-feira, 29, na primeira live do Conexão Exporta Brasil, iniciativa do Grupo Sinos que busca desenvolver estratégias para fomentar o fortalecimento da cadeia coureiro-calçadista no mercado internacional.

Participaram da live o gerente comercial da Calçados Gonçalves (Rolante/RS), Deivis Gonçalves; o gerente de exportação da Usaflex (Igrejinha/RS), Jefferson Rodrigo Berz; e o presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), Paulo Griebeler. A mediação foi da editora-chefe do Jornal Exclusivo, Luana Rodrigues.

O potencial da indústria calçadista no Brasil foi destacado por Paulo Griebeler. O dirigente do IBTeC observou que no ano passado, o setor utilizou 76% da sua capacidade instalada. "Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de calçados. Estamos produzindo anualmente na faixa de 900 milhões de pares. É preciso estipularmos uma meta para passarmos a produzir pelo menos 1 bilhão de pares ao ano e incentivarmos ainda mais a exportação, aproveitando as oportunidades a partir da guerra comercial entre Estados Unidos e China", sustentou.

Jefferson Rodrigo Berz, da Usaflex, destacou o plano de estruturação da companhia no mercado externo. "Até 2018, a empresa exportava de forma bastante tímida. A partir daí, se desenvolveu um plano de estruturação da exportação, com a busca de novos canais. Com isso, alavancamos os negócios levando para o exterior uma marca forte e consolidada aqui no Brasil", comentou. Berz acrescentou que a ampliação dos negócios da marca no exterior passam por estratégias de cobranding e pelo plano de expansão de lojas monomarcas.

Respondendo por 50% do faturamento da Calçados Gonçalves, a exportação foi destacada pelo gerente comercial da calçadista. Deivis Gonçalves salientou que a empresa teve origem no trabalho com o mercado externo. "A exportação está no nosso DNA e acreditamos muito nas oportunidades e potencialidades do setor calçadista no Brasil, especialmente por sua expertise e inovação", ressaltou.

O Conexão Exporta Brasil tem o patrocínio de Fimec 2021 e Master Soluções que Conectam. Conta ainda com o apoio de Efficient Comex, Kisafix, IBTeC e Top Shoes Brasil Group.

Para impulsionar a marca Made in Brazil

Na avaliação de Berz, entre os fatores que são determinantes para o impulsionamento da marca Made in Brazil no exterior estão a continuidade e o estabelecimento de acordos bilaterais com alguns países, contemplando barreiras tarifárias e não-tarifárias. "Este fator tem feito muita diferença na abertura de novos mercados e negócios para as marcas brasileiras. No México, por exemplo, tem um imposto altíssimo para a importação de calçado do Brasil", menciona.

Já para Gonçalves, a perda de competitividade da indústria calçadista brasileira no exterior passa sistematicamente pela inovação. "O setor calçadista no País é ainda pouco inovador, representando somente 3% de toda a inovação da indústria de transformação brasileira. Os investimentos em P&D (pesquisa e desenvolvimento) também estão aquém do que se investe em países desenvolvidos. Assim como a globalização traz oportunidades, ela traz desafios, ela abre competição", comenta.

É sempre hora de exportar

Entre as dicas elencadas pelo presidente-executivo do IBTeC para fomentar as exportações está o desenvolvimento de uma estratégia comercial de longo prazo. "As entidades de classe do setor devem se unir mais, estamos caminhando para isso, ao mesmo tempo em que os empresários precisam ter uma estratégia comercial mais agressiva e estruturada pensando no longo prazo", sinaliza Griebeler.

Para quem quer ingressar na exportação, Gonçalves cita que um dos grandes incentivos é atentar para os números do mercado. "A gente vê o tamanho do mercado do Brasil e o tamanho do mercado mundo. Vendo isso, já é um grande motivador para o empresário querer investir e expandir, aproveitando todas estas oportunidades", comenta. Segundo ele, a palavra-chave é a colaboração. "A gente pode e deve aproveitar todas as conexões que nós temos no setor, especialmente via entidades de classe", completa.

VÍDEO

+ VEJA MAIS

AGENDA

+ VEJA MAIS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Cadastre seu e-mail para receber as novidades do Exclusivo.

Seu email foi cadastrado com sucesso.