Brasil e Estados Unidos fecham pacote comercial

23.10.2020 - Luana Rodrigues

Brasil e Estados Unidos fecharam nesta semana um pacote comercial com medidas para facilitar o comércio entre os países, desburocratizar a regulação e reduzir a corrupção. O movimento é considerado como o primeiro passo para um futuro acordo de livre comércio. As tratativas entre os dois países iniciaram em 2011 e foram retomadas em março do ano passado.

Bilateral
Pelas regras do Mercosul, um acordo de livre comércio só pode ser feito com todos os países do bloco. Por isso, o pacote comercial anunciado nesta semana foca em questões não-tarifárias, que podem ser negociadas bilateralmente, sem a anuência dos outros integrantes do bloco sul-americano.

Competitivo
Em nota, os ministérios das Relações Exteriores e da Economia afirmam que a assinatura do pacote comercial insere-se em contexto mais amplo da política de comércio exterior brasileira, em que o principal objetivo tem sido o de criar um ambiente econômico favorável aos negócios e à reinserção competitiva do Brasil na economia internacional.

Burocracia
O principal acordo é o de facilitação do comércio, que pretende reduzir burocracias administrativas e aduaneiras na exportação e importação, além de diminuir prazo e custos das operações. “Há grande expectativa no setor privado para iniciarmos as negociações dos acordos de livre-comércio e para evitar a dupla tributação”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi.

Setor calçadista
Embora o pacote comercial não trate especificamente de livre comércio, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) considera essa aproximação entre os governos um marco importante para o estreitamento das relações bilaterais entre duas das maiores democracias e economias ocidentais.

Expectativa
“Torcemos para que, em um curto prazo, as relações possam evoluir ainda mais, efetivando acordo de livre comércio para além do discurso, já que ainda persistem pesadas tarifas de importação naquele país, especialmente na área de commodities como o aço. No caso do calçado brasileiro, a tarifa de importação média é de 17,3%”, comenta o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.

Principal destino
O assunto é de total relevância para o setor calçadista, já que Estados Unidos é o primeiro destino do calçado brasileiro no exterior, respondendo por mais de 10% do total embarcado pelos calçadistas do País.

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