Varejo no metaverso

10.03.2022

Em janeiro, ocorreu a primeira edição presencial da NRF Retail Big Show, em Nova York, desde o começo da pandemia. O evento reuniu profissionais de empresas ao redor do mundo para apontar as principais tendências ao setor varejista. A chegada do metaverso foi tema presente na maioria das palestras da NRF. Vamos entender um pouco mais sobre o assunto?

As compras no metaverso já existem há algum tempo para os consumidores de jogos virtuais. Em breve, ter um avatar no metaverso será tão importante e comum quanto um perfil nas redes sociais. Não será uma escolha, mas um caminho natural. O metaverso será um espaço virtual compartilhado e coletivo, criado pela convergência da realidade física e virtual, sendo acessível de qualquer tipo de dispositivo.

Para os públicos mais jovens, atualmente a loja física tradicional (e até mesmo o e-commerce) são considerados chatos, frios e pouco interativos, por isso simpatizam com compras dentro das redes sociais ou em live commerces, pois existe uma experiência interativa aliada a entretenimento. Por esse mesmo ponto de vista é que o metaverso se torna tão interessante.

Como toda novidade, existirá uma fase de muita experimentação, sendo as grandes marcas mundiais que investirão nessa primeira fase de testes. Quando o metaverso se tornar acessível a pequenos negócios, algumas diretrizes já estarão definidas.

A chegada da 5G no Brasil promete acelerar o processo da implantação do metaverso no varejo do País. Baseado na internet que temos hoje, acredito que mesmo com a nova tecnologia não teremos uma melhoria visível tão rápida.

Para lojas independentes, estar presente vendendo produtos dentro do metaverso é algo muito distante, mas é possível marcar presença para ajudar a vender os produtos físicos. Enquanto não temos uma estrutura tecnológica sólida, vale ir pensando em como se adaptar para se introduzir no metaverso, além de extrair ideias para já usar dentro do negócio.

O que você pode fazer desde então?

Para iniciar, foque no conceito “immersive commerce”. Ou seja: não se limite a pensar em digital ou presencial, mas a loja como um todo, com universos complementares on e off.

Foque em experiências únicas em lojas temáticas, com decoração especial e espaços instagramáveis. Uma ambientação que faça o consumidor se sentir fora da realidade. Para isso, será necessário muito mais que sons e imagens, mas movimentos, luzes, texturas, sabores.

Uma imersão completa necessita de interação, onde as pessoas possam tocar, fazer parte do cenário ou da história contada. Também vale pensar na loja como um espaço de conveniência e vivências, com produtos aliados a serviços. A comunicação das redes sociais se fortalece através dessa estratégia, pois mesmo na tela é possível fazer parte do local.

Como visto nos debates ao longo de mais uma edição da NRF, as mudanças não param e as oportunidades são infinitas. Aproveite para experimentar, ousar e se destacar da concorrência com o que você tem a partir de agora. O sucesso é consequência da ousadia de quem não fica esperando para agir depois. O ano começou de fato. Boas vendas! 

Priscila Marocco

Priscila Marocco - Visual merchandiser, vitrinista e estrategista de varejo. Graduanda em design de moda. Trabalha há 17 anos dentro de lojas físicas, todos os dias. Diretora criativa na 220v Visual Merchandising e Consultoria.

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